Os funcionários do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG) realizaram um novo protesto pedindo reajuste salarial para a categoria e, também para os servidores do Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais (IPSM). A concentração do movimento teve início às 8h, na manhã desta terça-feira (8/3), na portaria do Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP), na Alameda Ezequiel Dias, no Centro de Belo Horizonte.
Por volta das 10h, os manifestantes se concentraram e fecharam a Avenida dos Andradas, na Região Central de Belo Horizonte, segurando faixas e reivindicando o reajuste salarial.
"Os servidores do IPSM estão indignados! Sempre apoiamos a família militar mineira. É hora de retribuir apoiando os servidores do IPSM"; "Servidores do IPSEMG e IPSM unidos na luta pela recomposição salarial das categorias"; "Salário digno é direito do servidor. Recomposição salarial já!", escreveram os manifestantes em diversas faixas.
Os servidores vêm se concentrando em movimentos de manifestação desde o mês passado. No dia 23 de fevereiro, os funcionários fecharam a Alameda Ezequiel Dias, com cerca de 100 manifestantes, solicitando a recomposição salarial.
O Sindicato dos Servidores do Ipsemg (Sisipsemg) reivindicava atenção aos pedidos da categoria. Entre as solicitações, estavam a aprovação do plano de carreira da categoria e a incorporação da ajuda de custo ao salário base.
Na ocasião, os trabalhadores aprovaram a pauta emergencial de reivindicações que seria encaminhada à presidência do IPSEMG e ao Governo do Estado para negociação.
Após a pressão dos sindicatos, o governador Romeu Zema, anunciou, no dia 24 de fevereiro, pelas redes sociais, que encaminharia à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em regime de urgência, um projeto de reajuste de 10,06% para todo o funcionalismo público mineiro - ativos, aposentados e pensionistas.
Além da recomposição de 10,06%, o estado também propõe o reajuste da ajuda de custo recebida pelos servidores. Quem recebe 47 reais de auxílio alimentação, passará a receber 75 reais por dia.
Nas redes sociais, usuários dividiram posicionamento diante do ato do governador. Apesar da parcela de reajuste de 10%, diversos servidores comentaram que a medida não era suficiente.
De acordo com o Sisipsemg, os servidores do instituto estão há anos sem qualquer tipo de reajuste. Os funcionários também reclamam do trabalho exercido de modo exaustivo para prestar atendimento digno aos usuários, mesmo sem a valorização devida por parte do governo do estado.
*Estagiário sob supervisão do subeditor João Renato Faria