O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), visitou as obras para a construção da área de escape do Anel Rodoviário de Belo Horizonte nesta terça-feira (8/3). Promessa para evitar acidentes graves na via, o equipamento está sendo instalado próximo ao acesso ao Bairro Buritis, Região Oeste da capital, no sentido Vitória.
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“O cronograma vai acabar no final do primeiro semestre deste ano. É uma obra paliativa. É o que dá para fazer. Se um ônibus, um caminhão, entrar aqui e salvar uma vida, já valeu a obra toda. O importante é acelerar a obra para dar um pouco mais de segurança o mais rápido possível para essa população que transita por esse Anel tão perigoso”, disse o prefeito.
Questionado sobre uma solução definitiva para o Anel Rodoviário, Kalil acredita que o ideal é que a responsabilidade sobre a via fique com a prefeitura. “Isso aqui era simples, era só passar para o município. Para eu conseguir fazer esta obra aqui, tive que ir direto no ministro, na ANTT. Isto aqui tem que ser um setor urbano para a gente fazer como nas obras maiores. Projeto, investimento, captação de recursos. Mas, parece que isto aqui está abandonado. Vai caber aí às próximas gestões, porque temos a minha ainda de três anos, depois teremos outras gestões. Tem que ficar de olho aqui e resolver este problema”, disse.
As intervenções começaram em outubro de 2021, com a supressão da vegetação às margens da rodovia. Hoje, tratores já trabalham na abertura da pista.
O local da área de escape fica na conhecida descida do Bairro Betânia, local de diversos acidentes graves. Muitos envolvem caminhões ou carretas desgovernadas que acabam arrastando veículos menores.
Acidentes desse tipo podem ser evitados com a área de escape. “É uma ‘piscina’ de concreto de aproximadamente 100 metros de comprimento. Depois de concretada, feita a terraplanagem, todo o trabalho, ela tem uma primeira etapa de asfalto, depois um piso de concreto, e aí sim você tem um material chamado cinasita”, detalhou o superintendente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Henrique Castilho, em entrevista no início das obras. A cinasita, ou argila expandida, é um agregado em forma de pequenas bolas. Elas são espalhadas na estrutura para amortecimento.
“Normalmente, quando o veículo está descendo e há uma pane, a tendência dele é sempre ir para o lado esquerdo, onde estão os carros mais leves. Ele vendo a sinalização, sabendo que vai ter uma área de escape, ele vai cair nessa caixa e afunda. Ele pode até tombar, mas ele vai afundar e parar. Com isso, vamos evitar muitos acidentes nesse local”, disse o superintendente na época. (Com informações de Cristiane Silva)