Já está pronta a cobertura, em forma de tenda, para proteção temporária da Capela da Santa Ceia, parte do Santuário Basílica Bom Jesus de Matosinhos, monumento reconhecido como Patrimônio Mundial e atrativo turístico de Congonhas, na Região Central do estado.
A parte superior (de lona) da estrutura metálica foi colocada na tarde desta terça-feira, 8, devendo a restauração da cúpula da construção, que é um dos Passos da Paixão de Cristo, será decidida conjuntamente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e prefeitura local, conforme explicou, em nota, o diretor de Patrimônio Histórico de Congonhas, Leonardo Silva.
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Na tarde de hoje, em Congonhas, houve reunião para tratar da questão, dentro do Decreto de Emergência do Município, com a presença da secretária Municipal de Planejamento e Gestão Lucimara Junqueira, o diretor de Patrimônio Histórico, Leonardo Silva e especialistas da Superintendência em Minas do Iphan.
A intervenção nas outras capelas deverá ser executada ao longo do ano, com a autorização do Iphan. Após a reunião, todos os participantes fizeram uma visita e vistoria às capelas, juntamente com membros do escritório técnico do Iphan em Congonhas e representantes do Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico da cidade.
Na chamada "cidade dos profetas", as seis capelas, com sete cenas que recriam a via-crúcis, atraem os olhares pelas esculturas em tamanho natural, feitas por Aleijadinho de 1796 a 1799, e as pinturas bíblicas de Manoel da Costa Ataíde (1762-1830).
Com a quaresma e proximidade da semana santa, aumenta o fluxo de visitantes, que podem ver as esculturas também à noite. Em dezembro de 2013, foi inaugurada a iluminação cênica dos Passos da Paixão: Santa Ceia, Horto das Oliveiras, Prisão, Flagelação e Coroa de Espinhos, Cruz às Costas e Crucificação.
Na Santa Ceia, agora com a cobertura em andamento, há um foco voltado para a figura do Cristo celebrando a eucaristia e outro dirigido para a mão esquerda de Judas Iscariotes, com o saco de moedas. Originalmente, as capelas funcionavam como oratórios, ficavam abertas e, ao que tudo indica, iluminadas com velas, daí a presença de candelabros presos ao teto.