O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou o uso de explosivos por parte de representantes das forças de segurança que protestaram em Belo Horizonte nesta quarta-feira (9/3). Bombas arremessadas por manifestantes geraram trauma auditivo em uma jornalista; outro profissional, por sua vez, viu um artefato passar de raspão por suas costas. Ontem, a Justiça expediu decisão proibindo o uso, por parte das tropas, de explosivos durante a passeata.
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"Minha solidariedade aos jornalistas atingidos por bombas durante as manifestações hoje em Belo Horizonte. A liberdade de imprensa será sempre defendida, assim como o direito de manifestar, desde que pacificamente", completou o governador. Laura França, da TV Band Minas, precisou ser encaminhada a um hospital quando uma bomba estourou perto de onde ela estava, na Praça da Estação.
Depois, enquanto os manifestantes seguiam pelas ruas do Centro rumo à Praça da Liberdade, na Savassi, outros explosivos foram utilizados. Depois, já nas proximidades do Palácio da Liberdade, durante a segunda parte do ato, foi que um segundo profissional viu o artefato passar rente às suas costas.
Polícias instauram BO para apurar arremessos de bombas
Procurada pelo Estado de Minas, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) afirmou que fez boletim de ocorrência para deixar a Polícia Civil formalmente ciente do caso.
"As corregedorias das instituições também atuam para a identificação das autorias", garantiu a corporação militar.
Joaquim Francisco Neto e Silva, chefe dos policiais civis, por sua vez, afirmou que a entidade adotou medidas para apurar "autoria, materialidade e circunstâncias" do arremesso do explosivo que atingiu a repórter da Bandeirantes.
Vídeo aponta tática para explosões
Imagens da TV Alterosa mostram como agentes soltaram explosivos na Avenida dos Andradas, que dá acesso à Praça da Estação. Alguns deles vão até um bueiro e se aproveitam dos vãos da estrutura para depositar um petardo que, poucos segundos depois, explode.