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Estado de Minas DESAPARECEU

Causa da morte de jacaré é mistério em Lagoa Santa

Moradora encontrou réptil já morto; horas depois, polícia ambiental foi ao local, mas não encontrou o animal, portanto, mistério continua


09/03/2022 18:40 - atualizado 10/03/2022 10:39

O animal foi visto em uma calçada do Bairro Francisco Pereira
O animal foi visto em uma calçada do Bairro Francisco Pereira; ele estava com a cauda amarrada em uma corda (foto: Divulgação/FraglanteLS)
 
Um jacaré-de-papo-amarelo de porte pequeno foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (9/3) por uma moradora de Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com Gabriela Abreu, o réptil foi visto em uma calçada do Bairro Francisco Pereira. Ele estava com a cauda amarrada em uma corda e "muito magro". Imediatamente, a mulher tirou uma foto que foi publicada em uma página de notícias, causando muitas dúvidas nos internautas sobre as causas da morte do jacaré.
 
“Estava indo para o trabalho, por volta das 7h. Não tive tempo de acionar algum órgão competente para averiguar. Achei estranho, porque ele aparentava estar seco, desidratado, e em uma distância relativamente grande da Lagoa Central - mais de 3 quilômetros."
 
A moradora garante que o réptil não se trata do jacaré Alfredo, nome dado ao animal que 'mora' na Lagoa Central.
 
Procurada pela reportagem, a Polícia Militar de Meio Ambiente de Lagoa Santa disse que teve conhecimento sobre o jacaré morto no final da manhã e que esteve no local por volta das 14h, percorreu as ruas do entorno e não encontrou o réptil. De acordo com o sargento Moreira, o quartel de meio ambiente não foi informado e recomenda aos moradores a acionarem a corporação imediatamente ao verem um fato atípico.
 
Na página onde foi publicada a foto, alguns moradores levantaram a suspeita de que jacarés, animais considerados silvestres, vivem em cativeiro, mas de acordo com a Polícia de Meio Ambiente de Lagoa Santa, essa ação nunca foi flagrada na região. A corporação alerta que, segundo a lei de crimes contra a fauna, o artigo 29 prevê detenção de seis meses a um ano e multa a quem for pego praticando o ato. 
 
Por meio da foto tirada pela moradora, o biólogo do ICMBio e coordenador do programa de cooperação entre o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN) e a UFMG, Marcos Coutinho, acredita que o crocodiliano tenha morrido há mais tempo, tendo sido taxidermizado. 
 
"Ele está morto, mas não podemos saber as causas e quando foi morto. Seria necessário fazer uma análise precisa do animal. Mas como ele sumiu, o mistério só será, em parte, solucionado, quando quem achou apresentá-lo."
 
O biólogo afirma que a região do Bairro Francisco Pereira é uma área que tem muitos brejos e lagoas próximas, locais propícios para jacarés-de-papo-amarelo se esconderem. O biólogo ressalta que os jacarés são animais ecologicamente importantes, pois estão no topo da cadeia alimentar e fazem o controle biológico de outras espécies de animais. Além disso, os maiores problemas que as populações de jacarés enfrentam são  a destruição de seu habitat e a poluição dos rios.


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