O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) declarou que vai apurar os "fatos ocorridos" durante as manifestações das forças de segurança nesta quarta-feira (9/3), na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O grupo explodiu bombas dutante o ato e duas delas acertaram jornalistas que estavam cobrindo o protesto por recomposição salarial.
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O trabalho ficará a cargo do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário (CAODH) e do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar (CAOCRIM).
Ontem, a Justiça expediu decisão proibindo o uso, por parte das tropas, de explosivos durante a passeata.
Apuração policial
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) afirmou que fez um Boletim de Ocorrência para deixar a Polícia Civil formalmente ciente do caso. "As corregedorias das instituições também atuam para a identificação das autorias", garantiu a corporação militar.
Joaquim Francisco Neto e Silva, chefe dos policiais civis, afirmou que a entidade adotou medidas para apurar "autoria, materialidade e circunstâncias" do arremesso do explosivo que atingiu os jornalistas.
Romeu Zema
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por sua vez, criticou o uso de explosivos por parte de representantes das forças de segurança que protestaram em Belo Horizonte nesta quarta-feira (9/3).
"Manifestar sem infringir a lei é legítimo e democrático. Mas atos de desordem e que coloquem em risco outras pessoas, não serão aceitos. A liberdade caminha junto com a responsabilidade", escreveu Zema, no Twitter.
Reivindicações
Os policiais foram às ruas pela terceira vez em menos de um mês para cobrar a recomposição das perdas inflacionárias que corroeram os salários.
O governo ofecereu um aumento de 10,06% a todos os servidores públicos, mas os representantes da segurança cobram o cumprimento do acordo firmado em 2019, com a reposição feita em três parcelas, totalizando quase 40%.