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Estado de Minas DANOS MORAIS

Brumadinho: Vale tem recurso negado e deverá pagar R$ 1 mi em indenizações

Indenização será paga para herdeiro de cada funcionário morto no rompimento da barragem em 2019, em Brumadinho, na Grande BH


09/03/2022 21:01 - atualizado 09/03/2022 22:29

Bombeiros trabalham nas buscas após rompimento de barragem em Brumadinho
Rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, matou 270 pessoas (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
A mineradora Vale teve um recurso negado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) nesta quarta-feira (9/3) e terá que manter a indenização de R$ 1 milhão aos herdeiros de cada funcionário morto no rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, em janeiro de 2019.

 

No pedido, a companhia pedia a exclusão dos trabalhadores que entraram com ação individual na Justiça, bem como daqueles que já tinham feito acordo judicial ou extrajudicial. 

 

A mineradora também questionava a padronização dos valores e queria a exclusão de 21 trabalhadores que não exerciam as atividades regularmente.

 

Apesar do relator ter sido favorável à mineradora, todos os outros desembargadores rejeitaram a apelação. 

Outro pedido negado

O Sindicato Metabase de Brumadinho também entrou com um recurso, pedindo que a indenização aumentasse para R$ 3 milhões, mas o pedido foi rejeitado. 

Vale diz respeitar

Em resposta à reportagem do Estado de Minas, a mineradora declarou, por e-mail, que respeita o entendimento da Justiça e analisará a decisão do TRT quando for publicada.

 

A Vale também afirmou que vem realizando acordos com os familiares dos trabalhadores desde 2019. “Pelo menos, um familiar de cada trabalhador, próprio ou terceirizado, falecido no rompimento, já celebrou acordo de indenização com a empresa”, disse.

 

Ainda segundo a mineradora, já foram firmados acordos com mais de 1,7 mil familiares de trabalhadores falecidos, tendo sido pago R$ 1,1 bilhão na Justiça do Trabalho.

Tragédia

O rompimento da barragem em Brumadinho matou 270 pessoas e provocou danos ambientais, levando rejeitos e lama para o Rio Paraopeba, que é um dos afluentes do rio São Francisco. 


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