Jornal Estado de Minas

MORRO DA FORCA

Ouro Preto: terceiro imóvel atingido por deslizamento desaba durante obras


O terceiro imóvel parcialmente atingido em janeiro pelo deslizamento do Morro da Forca, em Ouro Preto na Região Central de Minas Gerais, teve sua estrutura completamente destruída nesta quinta-feira (10/3) durante o processo de retaludamento que consiste na retirada das terras e escombros.




 
De acordo com o secretário adjunto de Obras, Valter Sacramento Fagundes, a área onde ocorreu o terceiro desabamento estava interditada e só era permitida a entrada de trabalhadores da empresa de engenharia Destroy Desmonte Técnicos do Brasil, responsável pela obra. 
 
"O imóvel estava bem colapsado após o deslizamento do Morro da Forca, e o restante da estrutura caiu sozinha no início da manhã de hoje. Ninguém se feriu", afirmou.
 
Segundo o secretário, o terceiro imóvel era de propriedade particular, conhecido como Varejão da Estação, um tradicional supermercado na década de 1980. O imóvel estava interditado, assim como o Solar Baeta Neves, desde 2012.




 
As obras que tiveram início no dia 28 de fevereiro e a previsão de conclusão será em 45 dias, podendo ser estendido o prazo em caso de chuvas alterações no local que possam trazer riscos aos trabalhadores.
 
Balanço da obra
 
Em nota, a Prefeitura de Ouro Preto afirmou nessa quarta-feira (9/3) que a avaliação dos 10 primeiros dias de andamento da obra é positiva. Ainda na nota, a prefeitura detalha que a obra iniciou com a descida do talude através de rapel, batendo com o martelete rompedor com o objetivo de averiguar a presença de pedras soltas que ainda não haviam deslizado no dia da tragédia.
 
O Morro da Forca possui 80 metros de altura e, até o momento, as ações conseguiram abaixar cerca de 50 metros do montante deslizado.   
 
Paralelo ao processo de retaludamento do Morro da Forca, a terra retirada está sendo levada por caminhões para a Avenida Lima Júnior, conhecida como Curva do Vento, para a construção do aterro da parte da via que desabou em janeiro.

Nessa fase está sendo feito o enrocamento de pedras para que o rio que passa abaixo do nível da avenida não apresente problemas futuros no aterro. Após será feita a compactação de baixo para cima, até que se chegue ao nível da pista.