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Estado de Minas RECOMPOSIÇÃO SALARIAL

Pressionado por policiais, Zema chama coletiva sobre reajuste salarial

Governador de Minas Gerais vai se pronunciar sobre cobranças das tropas dois dias após manifestação com bombas e palavras de ordem


10/03/2022 18:31 - atualizado 10/03/2022 18:42

Policiais criticam Zema em manifestação
Faixas contrárias a Zema deram o tom de manifestação das polícias (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O governador Romeu Zema (Novo) e os representantes das forças estaduais de segurança convocaram entrevista coletiva para esta sexta-feira (10/3). Pressionado por manifestações das tropas, que cobram recomposição salarial nos termos de acordo assinado em 2019, o chefe do Poder Executivo prometeu falar sobre o projeto de reajuste da classe. Há duas semanas, o Palácio Tiradentes ofereceu aumentar em 10,06% os vencimentos de todo o funcionalismo público, mas o percentual foi rechaçado pelos policiais.

Ao lado de Zema, estará o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco. Devem participar, também, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Edgard Estevo da Silva, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Rodrigo Sousa Rodrigues, e o chefe da Polícia Civil, Joaquim Francisco Neto e Silva.

O pronunciamento está previsto para começar às 8h40 de amanhã, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

Ontem, as tropas marcharam da Praça da Estação, no Centro de BH, rumo à Praça da Liberdade, na Savassi. Foi o terceiro ato público da classe em menos de um mês. Houve uso massivo de bombas por parte de manifestantes, contrariando decisão da Justiça que proibiu o uso de artefatos explosivos. Uma jornalista precisou ser socorrida em virtude de trauma auditivo causado pelos estrondos.

"Manifestar sem infringir a lei é legítimo e democrático. Mas atos de desordem e que coloquem em risco outras pessoas não serão aceitos. A liberdade caminha junto com a responsabilidade", repudiou o governador.

"Minha solidariedade aos jornalistas atingidos por bombas durante as manifestações hoje em Belo Horizonte. A liberdade de imprensa será sempre defendida, assim como o direito de manifestar, desde que pacificamente", completou.

Na semana passada, lideranças das tropas paralisadas se reuniram com a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, mas o encontro foi considerado inócuo.

"[Zema] Não abriu diálogo. Tivemos somente uma reunião com a secretária, que não adiantou nada e não houve nenhuma abertura para negociação. Foi só uma reunião para ela dar uma desculpa do por que não dar nossa recomposição das perdas inflacionárias. O governador está inflexível. Esperamos que durante esta manifestação abra diálogo para a gente. Espero que ele seja mais flexível", cobrou, ontem, a escrivã Aline Risi, diretora da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Aespol)

Oferta de 10% foi considerada limite


A greve branca das polícias começou em 21 de fevereiro. Apesar de o governo sugerir reajuste de 10%, eles querem recomposição salarial das perdas inflacionárias de 24%. Apesar das reivindicações, os assessores de Zema têm sustentado que os cofres públicos não suportam aumento superior ao índice oferecido na semana passada.

Na terça, o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, afirmou que o aumento pensado por Minas Gerais está em conformidade com o que outras gestões locais têm concedido.

"Gostaríamos de dar um valor maior [de reajuste], mas nós temos que ser responsáveis com as contas públicas e não podemos deixar Minas Gerais voltar para o estado calamitoso que estava anos atrás, com salários atrasados, parcelamentos e falta de serviço ao cidadão", pontuou.


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