O governador Romeu Zema (Novo) e os representantes das forças estaduais de segurança convocaram entrevista coletiva para esta sexta-feira (10/3). Pressionado por manifestações das tropas, que cobram recomposição salarial nos termos de acordo assinado em 2019, o chefe do Poder Executivo prometeu falar sobre o projeto de reajuste da classe. Há duas semanas, o Palácio Tiradentes ofereceu aumentar em 10,06% os vencimentos de todo o funcionalismo público, mas o percentual foi rechaçado pelos policiais.
Ao lado de Zema, estará o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco. Devem participar, também, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Edgard Estevo da Silva, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Rodrigo Sousa Rodrigues, e o chefe da Polícia Civil, Joaquim Francisco Neto e Silva.
O pronunciamento está previsto para começar às 8h40 de amanhã, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
Ontem, as tropas marcharam da Praça da Estação, no Centro de BH, rumo à Praça da Liberdade, na Savassi. Foi o terceiro ato público da classe em menos de um mês. Houve uso massivo de bombas por parte de manifestantes, contrariando decisão da Justiça que proibiu o uso de artefatos explosivos. Uma jornalista precisou ser socorrida em virtude de trauma auditivo causado pelos estrondos.
"Manifestar sem infringir a lei é legítimo e democrático. Mas atos de desordem e que coloquem em risco outras pessoas não serão aceitos. A liberdade caminha junto com a responsabilidade", repudiou o governador.
"Minha solidariedade aos jornalistas atingidos por bombas durante as manifestações hoje em Belo Horizonte. A liberdade de imprensa será sempre defendida, assim como o direito de manifestar, desde que pacificamente", completou.
Na semana passada, lideranças das tropas paralisadas se reuniram com a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, mas o encontro foi considerado inócuo.
"[Zema] Não abriu diálogo. Tivemos somente uma reunião com a secretária, que não adiantou nada e não houve nenhuma abertura para negociação. Foi só uma reunião para ela dar uma desculpa do por que não dar nossa recomposição das perdas inflacionárias. O governador está inflexível. Esperamos que durante esta manifestação abra diálogo para a gente. Espero que ele seja mais flexível", cobrou, ontem, a escrivã Aline Risi, diretora da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Aespol)
A greve branca das polícias começou em 21 de fevereiro. Apesar de o governo sugerir reajuste de 10%, eles querem recomposição salarial das perdas inflacionárias de 24%. Apesar das reivindicações, os assessores de Zema têm sustentado que os cofres públicos não suportam aumento superior ao índice oferecido na semana passada.
Na terça, o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, afirmou que o aumento pensado por Minas Gerais está em conformidade com o que outras gestões locais têm concedido.
"Gostaríamos de dar um valor maior [de reajuste], mas nós temos que ser responsáveis com as contas públicas e não podemos deixar Minas Gerais voltar para o estado calamitoso que estava anos atrás, com salários atrasados, parcelamentos e falta de serviço ao cidadão", pontuou.
Ao lado de Zema, estará o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco. Devem participar, também, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Edgard Estevo da Silva, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Rodrigo Sousa Rodrigues, e o chefe da Polícia Civil, Joaquim Francisco Neto e Silva.
O pronunciamento está previsto para começar às 8h40 de amanhã, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
Ontem, as tropas marcharam da Praça da Estação, no Centro de BH, rumo à Praça da Liberdade, na Savassi. Foi o terceiro ato público da classe em menos de um mês. Houve uso massivo de bombas por parte de manifestantes, contrariando decisão da Justiça que proibiu o uso de artefatos explosivos. Uma jornalista precisou ser socorrida em virtude de trauma auditivo causado pelos estrondos.
"Manifestar sem infringir a lei é legítimo e democrático. Mas atos de desordem e que coloquem em risco outras pessoas não serão aceitos. A liberdade caminha junto com a responsabilidade", repudiou o governador.
"Minha solidariedade aos jornalistas atingidos por bombas durante as manifestações hoje em Belo Horizonte. A liberdade de imprensa será sempre defendida, assim como o direito de manifestar, desde que pacificamente", completou.
Na semana passada, lideranças das tropas paralisadas se reuniram com a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, mas o encontro foi considerado inócuo.
"[Zema] Não abriu diálogo. Tivemos somente uma reunião com a secretária, que não adiantou nada e não houve nenhuma abertura para negociação. Foi só uma reunião para ela dar uma desculpa do por que não dar nossa recomposição das perdas inflacionárias. O governador está inflexível. Esperamos que durante esta manifestação abra diálogo para a gente. Espero que ele seja mais flexível", cobrou, ontem, a escrivã Aline Risi, diretora da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Aespol)
Oferta de 10% foi considerada limite
A greve branca das polícias começou em 21 de fevereiro. Apesar de o governo sugerir reajuste de 10%, eles querem recomposição salarial das perdas inflacionárias de 24%. Apesar das reivindicações, os assessores de Zema têm sustentado que os cofres públicos não suportam aumento superior ao índice oferecido na semana passada.
Na terça, o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, afirmou que o aumento pensado por Minas Gerais está em conformidade com o que outras gestões locais têm concedido.
"Gostaríamos de dar um valor maior [de reajuste], mas nós temos que ser responsáveis com as contas públicas e não podemos deixar Minas Gerais voltar para o estado calamitoso que estava anos atrás, com salários atrasados, parcelamentos e falta de serviço ao cidadão", pontuou.