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Estado de Minas AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS

Transporte público de BH alega colapso e fala em 'plano de guerra'

Empresas alegam que despesas com funcionários e diesel prejudicam serviço, mas garantem mesma escala até terça-feira (15/3), quando farão reunião com a PBH


11/03/2022 16:52 - atualizado 11/03/2022 18:23

Ônibus com passageiros
Empresas alegam que aumento do diesel prejudica serviço (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Após o aumento dos combustíveis divulgado pela Petrobras, as empresas de transporte público de Belo Horizonte anunciaram colapso nesta sexta-feira (11/3) diante da grave crise financeira. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), o reajuste de 24,9% no preço do diesel vai inviabilizar todo o serviço, que já se encontra deficitário desde o ano passado. 
 
Apesar da situação caótica, as empresas vão se reunir com a prefeitura de Belo Horizonte na terça-feira (15/3) para estudar uma solução para o problema. Até lá, os ônibus vão circular nos mesmos horários para não prejudicar a vida dos usuários. 
 
"Para que o plano de guerra seja bem pensado e implantado e para que a população tenha tempo suficiente para ser adequadamente informada, os serviços permanecerão com sua viagens e quadros de horários normais até o final da noite de terça-feira, dia 15/03/2022", afirmou o Setra-BH, em nota. 
 
Em comunicado, a PBH diz estar ciente do tamanho do problema e vai propor soluções: "Diante da manifestação do Sindicato das empresas de transporte de passageiros de Belo Horizonte, SetraBH,  em relação ao aumento do preço do óleo diesel, a prefeitura de Belo Horizonte informa que convocou uma reunião de emergência com os representantes do Sindicato na próxima terça-feira, 15/03, para avaliar os impactos do aumento do diesel no transporte coletivo e buscar soluções para que a população de Belo Horizonte não seja prejudicada. O SetraBH se comprometeu a não reduzir as viagens até essa data".
  
O Setra-BH afirma que as despesas do transporte público em janeiro giraram em torno de R$ 64 milhões, enquanto a receita foi de R$ 58,9 milhões com a cobrança de tarifa dos usuários. Hoje, as empresas empregam cerca de 8,5 mil funcionários, sendo 5 mil motoristas, em toda a capital.
 
“Os recursos financeiros gerados pelas tarifas cobradas dos usuários não são suficientes para custear o diesel usado na operação e pagar a mão de obra. O aumento divulgado pela Petrobras inviabiliza a continuidade da operação”, afirma o presidente do Setra-BH, Raul Lycurgo Leite.
 
O sindicato havia enviado ofícios à prefeitura da capital, à BHTrans, à Câmara Municipal, ao Ministério Público e à Justiça de Minas para salientar sobre a gravidade do problema. “Agimos dentro dos limites do contratos. E ele prevê uma revisão extraordinária emergencial quando eventos dessa magnutide ocorrem”, afirma Leite.

 
Sem reajuste há quatro anos

 
Ele explica que as tarifas de ônibus não são reajustadas desde 2018, uma das razões apontadas pelo colapso do setor. Em janeiro, a PBH conseguiu junto o desbloqueio de R$ 4,3 milhões retidos na Justiça para o custeio de despesas com a folha salarial e diesel.
 
Lycurgo diz que as empresas não vão paralisar os serviços, mas atuarão em escala reduzida: “O contrato prevê que haja reajuste das passagens. Porém, o poder público pode prever que esse é um evento temporário em razão da guerra Rússia e Ucrânia e prever um subsídio temporário. Entretanto, é uma decisão para as autoridades. As empresas implantarão plano de guerra para tentar evitar o colapso".
 


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