A decisão vem em resposta ao anúncio feito por Zema nesta sexta-feira (11). O governador afirmou que pode até perder a eleição por não conceder o reajuste que a Segurança Pública de Minas Gerais quer, mas não vai "inviabilizar" o Estado.
A classe alega que o Executivo não cumpriu com um acordo de 2019, que previa reajuste salarial de 41% até 2021 - desse montante, somente 13% foi efetuado. Apesar disso, Zema havia anunciado a recomposição de 10,06% a todo funcionalismo e agora o Executivo vai pagar retroativo de janeiro de 2022, que estava previsto apenas aos servidores da Educação, também à Segurança e Saúde, além de também aumentar o auxílio-vestimenta aos militares.
Lideranças das forças de segurança de Minas Gerais garantem que a greve iniciada há três semanas não vai arrefecer. A gestão estadual ofertou, às tropas, nesta sexta-feira (11/3), aumento retroativo a janeiro. A ideia, porém, foi logo rechaçada por sindicatos e parlamentares ligados às tropas.
Entre as vozes do movimento de paralisação das tropas, a avaliação é que a proposta apresentada por Zema é fruto de um debate feito apenas por integrantes do Palácio Tiradentes, sem a escuta de representantes da classe. Há reclamações de falta de diálogo com os comandantes das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros.