Mesmo sem atingir o percentual mínimo de cobertura vacinal determinado pelo Governo de Minas, a cidade de Santo Antônio do Monte, no Centro-Oeste de Minas, desobrigou o uso da máscara em todo o território, ou seja, em ambientes abertos e fechados. O decreto foi publicado nesta segunda-feira (14/3).
O item de proteção já estava liberado em locais ao ar livre desde o dia 10 deste mês. O novo decreto segue o anúncio feito pelo governador Romeu Zema (Novo) no sábado (12/3), mas ignora os percentuais mínimos estabelecidos: 80% da população com a 2° dose da vacina contra COVID-19 e 70% contemplada com a injeção de reforço.
“Porque o município já atingiu quase 50% (da dose reforço) e o número de internações é relativamente muito baixo. Temos um percentual de contaminação, graças a Deus, baixo. O número de testes, tem o suficiente para realizar na população”, argumenta a secretária de Saúde, Carla Lorena dos Santos.
O decreto também vai no rastro de Ipatinga, no Vale do Aço. Por lá, desde o dia 7 de março a população pode circular sem cobrir o nariz e a boca.
Santo Antônio do Monte, que fica a quase 200 km de Belo Horizonte e tem menos de 30 mil habitantes, imunizou 86% do público alvo com as duas doses e 41,7% com a reforço, segundo consta no decreto publicado hoje.
“Nos sentimos seguros e preparados”, reforça a secretária.
O município decidiu manter a obrigatoriedade em casos de sintomas gripais. Outro índice considerado para decisão foi a queda da taxa de internação hospitalar. Há apenas um paciente internado, conforme o boletim desta segunda-feira (14/3).
A cidade contabiliza 6.281 confirmações da COVID-19 desde o início da pandemia, e 92 mortes.
Vacinação
Com 28,4 mil habitantes, Samonte, foi a primeira do Centro-Oeste de Minas a zerar a fila da primeira dose na população adulta, em agosto do ano passado.
Na época, para acelerar a vacinação, algumas estratégias foram adotadas. Ao notar que o município estava ficando para trás, foi criado o Centro de Vacinação e estabelecidos horários estendidos.
Outra medida foi a fiscalização para garantir que pessoas de outras cidades não furassem fila. Também foram compradas seringas apropriadas para eliminar xepas, ou seja, sobras em frascos.
*Amanda Quintiliano especial para o EM