Jornal Estado de Minas

PROTESTO

Greve: forças de segurança de MG têm nova manifestação por reajuste marcada

As forças de segurança pública de Minas Gerais vão completar um mês em greve nas ruas. A categoria tem agendada, para a próxima segunda-feira (21/03), um ato na Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas em Belo Horizonte, capital mineira. O protesto acontecerá exatamente 30 dias depois de a classe decretar paralisação por causa de uma recomposição salarial não cumprida.





O evento foi confirmado nesta terça-feira (15/3), durante audiência pública organizada pela comissão de Segurança Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). "A manifestação está marcada para o dia 21 de março, na Cidade Administrativa, e majoritariamente por todos os sindicatos e associações que se encontram aqui", afirmou o deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB), presidente do colegiado na Casa.

Este será o quarto ato das forças de segurança, que alegam que o Executivo não cumpriu com um acordo de 2019, que previa reajuste salarial de 41% até 2021 - desse montante, somente 13% foi efetuado. Na manifestação em que a greve foi definida, em BH, a cidade foi tomada por policiais, bombeiros e outras categorias desde o início da manhã, com movimentação entre as regiões Central e Sul da capital.
 
Outro ato ocorreu em 25 de fevereiro, na Cidade Administrativa. Os agentes ocuparam boa parte daquela área e até invadiram por certo tempo a MG-010, principal via de acesso da região.





Já na última quarta-feira (9), os agentes voltaram às ruas de BH e, durante praticamente todo o dia, ocupando a Região Central da capital mineira. Este ato, inclusive, feriu uma jornalista da Band após explosão de uma bomba em um bueiro.  

O Governo de Minas chegou a enviar, na semana em que a greve foi decretada, uma primeira proposta de recomposição salarial, de 10,06% a todo funcionalismo público. Ela foi atualizada na última sexta-feira (11), com inclusão de retroativo a janeiro de 2022 à segurança pública, por exemplo, e aumento do auxílio vestimenta. As duas propostas, contudo, não foram bem vistas pela classe, mesmo já tendo sido enviadas à ALMG, via projeto de lei.