Jornal Estado de Minas

DANOS AMBIENTAIS

Gabinete de Crise tenta impedir que piche atinja a Lagoa da Pampulha

Após o acidente na Via Expressa de Contagem, ocorrido na quarta-feira (16/3), a empresa Ambipar, contratada pela transportadora Indústria Nacional de Asfaltos S/A, responsável pelo derramamento de 29,9 toneladas de piche asfáltico, está, neste sábado (19/3), próximo ao Parque Ecológico, em Belo Horizonte, montando uma estrutura para conter o material e impedir que ele chegue à Lagoa da Pampulha.




 
O material escorreu por meio do sistema de drenagem pluvial e chegou ao córrego Sarandi, que configura como acidente com danos ambientais, e pode colocar em risco a lagoa. 

Estão sendo implantadas barreiras de contenção ao longo do canal de acesso ao Córrego Sarandi e medidas de mitigação e recolhimento do material estão sendo adotadas. Além disso, a empresa também está atuando com a retirada do material grosso do leito do córrego e acomodação inicial em pontos específicos que serão encaminhados para aterros específicos.
 
Antes da estrutura montada, equipe remove o piche asfáltico do Córrego (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
 
 
A ação foi determinada pelo Gabinete de Crise, formado por equipes das prefeituras de BH e de Contagem com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e a empresa responsável. Também foi  criado um grupo especial para cuidados com a fauna e flora da região afetados pelo material.
 
Em nota, a Prefeitura de Contagem informou que "Defesa Civil e Secretaria de Meio Ambiente de Contagem, Defesa Civil de BH, Sudecap, Meio Ambiente e Fundação de Parques da Prefeitura de BH, além da Copasa e da Feam já estão mobilizados na resposta ao acidente ambiental e acompanhando as ações de mitigação dos riscos que serão desenvolvidas pela Ambipar".




 
"A Prefeitura de Contagem ressalta que o monitoramento continuará e as notificações, tanto por parte da Feam, quanto da Prefeitura de Contagem, serão realizadas em comum acordo", diz a nota.

O acidente

Na tarde de quarta-feira (16/03), uma batida entre uma carreta e um caminhão mobilizou o Corpo de Bombeiros e fechou o trânsito. Com a batida, houve um grande vazamento de piche. O motorista do caminhão ficou preso às ferragens e foi resgatado pelos bombeiros. 
 
Equipes dos bombeiros ficaram mais de 16 horas na Via Expressa de Contagem para remover o piche asfáltico da pista (foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
 
 
Mesmo após 16 horas do acidente, o material que se espalhou na pista da Via Expressa de Contagem ainda não havia sido totalmente retirado e parte da pista havia sido interditada devido ao material pegajoso. Foi necessário utilizar um maquinário para retirar o piche do local.