O assassinato de um motorista de aplicativo nascido em Belo Horizonte causa dor e revolta nos familiares e amigos da vítima. Guilherme de Oliveira Gomes, de 44 anos, foi morto na noite de segunda-feira em João Pessoa (PB) quando comia um lanche rápido durante o trabalho. A irmã conversou neste sábado (19/3) com o Estado de Minas e pede que a "investigação seja levada a sério".
Leia Mais
Diesel sobe 41,5% e gasolina 25,2% em um ano em Minas GeraisApós 2h de negociação, uma policial militar desarma homem e evita suicídioMinas acumula mais 38 mortes e 5.376 contaminações por COVID-19 em 24hEmpresário com suspeita de embriaguez bate Porsche em BH e tenta agredirHomem se aproxima para filmar decolagem de avião e acaba atingidoHomem de 72 anos é morto após levar cabeçadas e ser pisoteado por vacaDe acordo com a Polícia Militar, testemunhas apontaram que o suspeito de cometer o assassinato fugiu pela Avenida Beira Mar.
'Luto e luta'
Em conversa com o EM, Fernanda Gomes, irmã de Guilherme, conta que ele estava fazendo uma pausa entre duas corridas e parou para lanchar em uma lanchonete na orla de uma praia. Segundo ela, Guilherme foi abordado por um homem e começou uma luta corporal.
Em seguida, dois outros homens chegaram ao local. Um deles efetuou os disparos. Todos fugiram ao verem a morte do motorista, que caiu na areia da praia.
“Essa não é a primeira morte de um motorista de aplicativo, eles estão suscetíveis a isso. Eu, como irmã, preciso que essa investigação seja levada a sério e que eles tentem realmente descobrir os assassinos do meu irmão”, diz.
Os motoristas da Uber de João Pessoa combinam uma manifestação no local que Guilherme foi assassinato. O grupo pretende “parar João Pessoa” em forma de buzinaço. "Agora chegou o momento de combinar o luto à luta”, conta Fernanda.
“Meu irmão, meu amigo Gui. Estava tão feliz em João Pessoa. Tomava banho de mar todos os dias, caminhava e pedalava. Estava cuidando da sua vida e trilhando o seu caminho. Era um amante das flores e dos cães, como eu. Essa pessoa maravilhosa foi assassinada”, desabafa.
A reportagem entrou em contato com o organizador da manifestação mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
A missa de sétimo dia de Guilherme será realizada amanhã, domingo (20/3), às 18h na Paróquia Coração Eucarístico, em BH.