O transporte coletivo de Belo Horizonte deve ser reforçado na tarde desta segunda-feira (21/3), em meio à greve iniciada pelos metroviários. A BHTrans enviou um ofício ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) para que mais veículos sejam colocados à disposição da população.
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Em contato com o Estado de Minas, o Setra-BH alegou que vai atender à solicitação da BH Trans, acrescentando viagens extras nos horários de pico pela manhã e no final da tarde.
"O SetraBH informou que aumento de viagens pontuais aconteceram hoje e, que, está acompanhando o comportamento da demanda para fazer ajustes quando necessário e dentro da possibilidade de cada uma das empresas", diz nota da entidade.
O sindicato, no entanto, admitiu que existe muita dificuldade em ampliar a oferta de ônibus, em virtude da crise financeira que assola das empresas de transporte público da capital. Recentemente, empresários do setor se reuniram com o prefeito Alexandre Kalil (PSD) para estudar uma solução imediata para o problema.
"O Setra-BH destaca que o sistema passa por um momento de extrema gravidade onde as empresas estão encontrando grande dificuldade de realizar viagens extras para cobrir o atendimento do metrô - em razão do colapso financeiro que o sistema de transporte coletivo por ônibus vem enfrentando - após aumento de 25% no óleo diesel e pelo congelamento das tarifas desde 2018. A total insuficiência de recursos arrecadados no sistema hoje não consegue cobrir despesas básicas como mão-de-obra e combustíveis".
Sem escala mínima
Os metroviários contrariaram a ordem judicial que determina a escala mínima do sistema nos horários de pico, de 5h30 às 10h e das 16h30 às 20h. O descumprimento da referida decisão, prevê multa diária de R$ 30 mil.
Os trabalhadores têm como objetivo negociar a anulação das condições do item 3 da Resolução CPPI nº 206, com normas para a privatização do sistema de transporte. Ele permite que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que opera o metrô de BH, faça transferência dos funcionários para as empresas privadas que futuramente serão responsáveis pela administração do serviço. Nesse sentido, os metroviários teriam apenas um ano de estabilidade e depois poderiam ser demitidos.
Outra proposta da categoria é permitir que os trabalhadores possam ser transferidos para outras unidades operadas pela CBTU, que também atua em João Pessoa, Natal, Maceió e Recife.