A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (22/3), a Operação Fake Family, cujo objetivo é combater crimes de promoção da migração ilegal nas cidades de Sardoá e Guanhães, no Vale do Rio Doce.
Segundo a Polícia Federal (PF), a investigação se originou a partir da obtenção de informações compartilhadas pela Polícia de Imigração dos Estados Unidos com a PF brasileira.
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Professor suspeito de importunar sexualmente aluna de 16 anos é liberadoEmpresários e ganhadores de títulos de capitalização são alvos da PFEnvolvidos em denúncia de racismo em shopping de BH serão intimadosPF desmantela quadrilha de migração ilegal em MinasPelo menos 46 corpos são encontrados em caminhão abandonado no TexasFeira sobre carreiras e profissões será realizada nesta quinta em BetimA operação foi desenvolvida pela Força-Tarefa Especializada no Tráfico de Pessoas e o Contrabando de Migrantes, da Polícia Federal, que identificou a criação de núcleos familiares inexistentes pelos criminosos, que falsifiicaram documentos públicos com alteração de dados como datas de nascimento, filiações e outros, com o fim de tentar facilitar o ingresso em solo americano.
A criação de falsas famílias, ou fake family, utilizava o golpe do “cai-cai” ao tentar enganar as autoridades de migração do país de destino, como se fossem famílias verdadeiras a migrar acompanhados de seus filhos menores de idade.
A quadrilha, segundo a Polícia Federal, utilizava documento falsificados para viabilizar a viagem de menores desacompanhados ou sem a autorização de pai e mãe, que somente descobriam que seus filhos haviam deixado o país quando já haviam migrado ilegalmente, sem meios de revê-los ou visitá-los.
Os policiais federais também apuraram que diversos viajantes foram vítimas dos contrabandistas, entregando-se à exploração da migração ilegal para os Estados Unidos e falsificação de documentos.
Para pôr fim a essa prática criminosa, a PF representou por quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal de Governador Valadares.
Esses mandados foram cumpridos nas cidades Sardoá (três de busca e um de prisão) e Guanhães (um de busca). Houve também a determinação de bloqueio de mais de R$ 5 milhões, apreensão e arresto de diversos veículos, imóveis e valores em espécie. As investigações prosseguem.