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Estado de Minas DESASTRE

Piche: empresa vai checar tubulações e galerias que dão acesso ao Sarandi

Decisão, que foi tomada na reunião de ontem das prefeituras de Contagem e BH, visa garantir que o piche foi totalmente retirado


22/03/2022 15:36 - atualizado 22/03/2022 16:15

Equipe limpando boca-de-lobo próximo ao Córrego Sarandi
Medida é eficaz para que não ocorra problemas futuros que comprometam a vazão da rede pluvial (foto: Prefeitura de Contagem/Divulgação )
A Prefeitura de Contagem solicitou que a empresa Ambipar, contratada pela Indústria Nacional de Asfaltos S/A, responsável pelo derramamento de 29,9 toneladas de piche asfáltico, que ameaçou a Lagoa da Pampulha, verifique as galerias e tubulações que dão acesso ao córrego Sarandi. A ação tem o objetivo de garantir que o material foi totalmente retirado, para que não haja problemas futuros que comprometam a vazão da rede pluvial.

A decisão foi tomada nessa segunda-feira (21), na reunião das prefeituras de Contagem e Belo Horizonte, que buscou dimensionar os danos provocados pelo desastre e que ainda não foram resolvidos pelas ações emergenciais.

Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a Ambipar afirmou que “foram encaminhadas 53 toneladas de material asfáltico e areia ao centro de tratamento de resíduo, localizado no município de Nepomuceno”.

Durante o final de semana, os municípios se mobilizaram para construir barreiras estratégicas, ao longo do ribeirão Sarandi, para que o piche não chegasse a lagoa da Pampulha.

  

A primeira está no “Ponto Zero”, onde ocorreu o acidente na Via Expressa, em Contagem. A segunda, no “Ponto Um”, que fica debaixo do entroncamento das avenidas Otacílio Negrão de Lima e Atlântida, em Belo Horizonte. E a última, a “Ponto Dois”, a cerca de 150 metros à frente do “Ponto Um”, próximo ao Parque Ecológico, na Pampulha.

Em nota, a Prefeitura  de Contagem afirmou que foram implementadas duas frentes de trabalho — uma responsável pelo direcionamento das medidas emergenciais e a outra por apurar o caso, para aplicar medidas legais cabíveis.

Diante disso, a Indústria Nacional de Asfalto S.A ficou responsável por “apresentar um representante legal para assinar os registros de ocorrência e acompanhar os desdobramentos das ações”.

O município  também reforçou a necessidade de examinar a água do Córrego Sarandi e a existência de possíveis resíduos tóxicos decorrentes da decomposição do material.

 

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  



A PBH também informou que a ação emergencial para conter e recolher o material asfáltico foi suspensa, mas que as barreiras de contenção continuam instaladas por precaução. Até o momento, 25 toneladas já foram recolhidos e a lagoa não foi atingida.

 

Animais foram resgatados 

Neste domingo (20), em nota, a PBH informou que animais foram atingidos, mas não há registros de mortes. Estes ficaram presos no material asfáltico, foram resgatados, limpos e soltos no Parque Ecológico Francisco Lins do Rêgo.

A Gerência de Defesa dos Animais, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte, permanece mobilizada e “disponibilizou o apoio de clínicas veterinárias parceiras para recebimento de animais em caso de necessidade”. Além disso, as equipes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente deram início às análises da qualidade dos recursos hídricos e vegetais do espaço.

O acidente

Na tarde da última quarta-feira, uma batida entre uma carreta e um caminhão mobilizou o Corpo de Bombeiros e fechou o trânsito, após grande vazamento de piche. O motorista do caminhão ficou preso às ferragens e foi resgatado pelos bombeiros.

Mesmo após 16 horas do desastre, o material que se espalhou na pista da Via Expressa ainda não havia sido totalmente retirado e parte da pista havia sido interditada devido ao piche pegajoso. Foi necessário utilizar um maquinário para retirá-lo do local.


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