Jornal Estado de Minas

TREINAMENTO COM CÃES

Curso mineiro de operações com cães em prisões é referência no país



Termina, nesta sexta-feira (25/3), a sétima edição do curso 'Operações com cães em ambientes carcerários'. Desta vez, 38 integrantes das polícias penais de Minas Gerais e do Piauí, da Guarda Municipal de Contagem e do Sistema Socioeducativo participam da capacitação.





O curso é ministrado pela Superintendência Educacional de Segurança Pública e conta com 110 horas/aula, divididas em 11 dias de aprendizagem. O conteúdo incluiu aulas práticas, teóricas e treinamentos físicos, por meio da oferta de 10 disciplinas. Entre elas estão: noções de veterinária, legislação aplicada, noções de intervenção em unidades prisionais, rotinas administrativas, comportamento animal aplicado, entre outras. 

Segundo o policial penal do estado do Piauí, Enemésio Lima, o Grupo de Operações com Cães (GOC) do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e o curso ofertado são muito reconhecidos no Nordeste brasileiro. “Estar aqui é um privilégio. O trabalho que vem sendo realizado em Minas é exemplar." 

O coordenador do curso, policial penal Ivo Martins, explica que o interesse de outras instituições, tanto mineiras quanto de outros estados, mostra que o trabalho executado está sendo reconhecido e respeitado nacionalmente. “A gente recebeu profissionais do Piauí nessa turma e já temos solicitações de outros estados também para participarem das próximas turmas."

Os cães do GOC 

O Grupo de Operação com Cães do Depen-MG atua, principalmente, em parceria com o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) dentro das unidades prisionais do estado. São cerca de 300 cães que auxiliam os policiais penais em suas rotinas de trabalho, em situações de faro, segurança, imobilização e captura. 





Cerca de 300 cães auxiliam os policiais penais em suas rotinas de trabalho (foto: Tiago Ciccarini/Ascom Sejusp)
O cão de faro é especialista em localizar materiais ilícitos como drogas, aparelhos celulares ou explosivos que possam ter entrado nas unidades prisionais. Já o cão de captura é usado nas rondas de rotina ou na escolta durante o banho de sol, auxiliando em possíveis contenções, impedindo tentativas de fuga e, até mesmo, na busca e captura de foragidos.