O preço do diesel, principal combustível utilizado por caminhoneiros, ultrapassou a marca de 70% dos custos do frete em Minas Gerais. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (28/3) pelo Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Sindtanque-MG). A categoria afirma que, diante da situação, a paralisação dos serviços pode acontecer a qualquer momento.
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De acordo com o sindicato, ainda não há data marcada para uma manifestação da categoria, mas a nota de indignação foi veiculada com a intenção de sensibilizar os governos estadual e federal para a situação dos tanqueiros.
A proposta dos tanqueiros para a redução do preço do diesel inclui a diminuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) vinculado ao combustível. Atualmente, a alíquota do tributo em Minas é de 14%. Os tanqueiros propõem um reajuste para 9%.
Além do diesel, o Sindtanque também propõe uma redução do ICMS sobre a gasolina de 31% para 20% e do Etanol de 16% para 10%.
"Hoje, empresas estão falindo e bancos estão tomando caminhões porque transportadores não estão conseguindo mais se sustentar ou pagar a prestação dos veículos. Além disso, contratos estão sendo quebrados pelos tomadores de serviços, porque também não estão aguentando pagar. Em meio a isso tudo, o diesel, insumo mais oneroso para os transportadores, já ultrapassou 70% do valor do frete", disse o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes.
Gomes ainda afirma que se o governo não se manifestar, os tanqueiros podem cruzar os braços a “qualquer momento”.
Em nota, a Secretaria de Estado de Fazenda informou que trabalha sistematicamente para amenizar os impactos da variação de preço dos combustíveis e que conseguiu reduzir a alíquota do ICMS de 15% para 14% em novembro de 2021.
A pasta ressaltou que o ICMS sobre o diesel foi a única alteração sobre os combustíveis promovida pela atual gestão. Os aumentos de 29% para 31% na gasolina e de 14% para 16% no etanol foram aprovados em janeiro de 2018.