Jornal Estado de Minas

EDUCAÇÃO

Professores da rede municipal de BH decidem manter greve


 
Os servidores da rede municipal de Educação de Belo decidiram nesta terça-feira (29), manter a greve iniciada em 16 de março. Em assembleia realizada em frente à sede da prefeitura da capital, os trabalhadores mantiveram sua exigência pela adequação dos pagamentos ao piso salarial da categoria.




 
 

Na manhã desta terça-feira, professores e outros servidores da Educação se reuniram com o recém-empossado prefeito Fuad Noman para a entrega de uma carta de reivindicações. Uma reunião de negociação foi marcada entre as partes para as 14h de quarta-feira (30/3).
 
Uma nova assembleia dos servidores está marcada para a próxima sexta-feira (1/4), também em frente à prefeitura. Na ocasião, os trabalhadores discutirão a manutenção da paralisação após ouvirem as propostas do executivo municipal. 

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Rede Municipal da capital (Sind-REDE), as exigências da categoria permanecem as mesmas: o pagamento do piso salarial para todos os funcionários sem suprimir níveis do atual plano de carreira.





A atual proposta da prefeitura prevê um reajuste de 11,77% para os servidores da Educação. Com esse valor, alguns funcionários não receberiam o piso salarial da categoria.

O Sind-REDE afirma que a prefeitura ofereceu alcançar o piso para todos os trabalhadores, mas a medida viria acompanhada da supressão de sete níveis do atual plano de carreira. Ou seja, funcionários com mais tempo de casa receberiam o mesmo valor de outros contratados há menos tempo.

O sindicato estima que a adesão da categoria à greve seja superior a 90% nesta terça-feira e que o número cresceu desde a repressão violenta da Guarda Municipal a um protesto dos servidores na última sexta (25).

A Prefeitura de Belo Horizonte foi consultada para informar o número de escolas da rede municipal sem aulas por conta da greve, mas, até a última atualização desta matéria, não respondeu.