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Estado de Minas DEMORA

Após 7 meses de obras, ciclovia da Pampulha ainda não está concluída

Prazo máximo estipulado é de 10 meses; reforma prevê revitalização de 7,1 quilômetros da pista para bicicletas no entorno da Lagoa da Pampulha


30/03/2022 12:17 - atualizado 30/03/2022 18:05

Ciclovia da Orla da Lagoa da Pampulha
Ciclovia da Orla da Lagoa da Pampulha está em obra desde julho de 2021 (foto: Edesio Costa/E.M/D.A Press )
Um dos pontos turísticos mais frequentados da capital mineira, a orla da Lagoa da Pampulha está em obras há cerca de sete meses. Com início em julho do ano passado, o Projeto Cicloviário da Pampulha prevê a revitalização da ciclovia de 7,1 quilômetros de extensão, entre a rua Garopas, no bairro Jardim Atlântico, e o Clube Belo Horizonte, no bairro Bandeirantes. 

O prazo máximo para a conclusão das obras é 10 meses. Faltando pouco menos de três meses para a data estipulada, no entanto, ainda não é possível notar sinais de um possível término da intervenção, tampouco a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) sinaliza com alguma previsão. 
 
Em nota, a PBH afirma que houve um atraso na intervenção, provocado pelas chuvas do início do ano. De acordo com a gestão municipal, "desde o dia 29 deste mês, as intervenções acontecem na Av. Otacílio Negrão de Lima, no trecho entre a Alameda das Palmeiras e Av. Santa Rosa". 
 
No primeiro trecho da orla da Lagoa da Pampulha, na Av. Otacílio Negão de Lima, entre a Rua Garopas até a Barragem da Pampulha, em estágio avançado das obras, estão sendo implantados cinco redutores de velocidade.

Projeto tem orçamento de R$ 5 milhões 

Orçado em R$ 5 milhões, o projeto tem o objetivo de requalificar toda a extensão da ciclovia, com adequações geométricas e de sinalização horizontal e vertical. 

Além de elevar a estrutura ao nível da calçada, a pista de bicicletas será alargada em 2,5 metros e separada da pista de caminhada já existente por uma área de jardim. A ideia é ampliar a segurança tanto do ciclista, quanto do pedestre. 

Haverá, também, a readequação de toda a microdrenagem nos 7,1 quilômetros de extensão. 

Segurança dos ciclistas 

A criação de ciclovias nos centros urbanos e rodovias têm o potencial de reduzir, significativamente, o número de acidentes envolvendo ciclistas. A delimitação do espaço para as bicicletas e os carros pode salvar vidas. 

Somente em 2021, ciclistas corresponderam a quase 6% das vítimas de acidentes atendidas no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. É o que revela um estudo feito pela Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), publicado em agosto do ano passado.

Entre os anos de 2015 e 2021, o número de atendimentos a ciclistas vítimas de acidentes aumentou 72%.

No último ano, em âmbito nacional, segundo a pesquisa Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), houve um aumento de 30% nos acidentes graves com ciclistas. 

“Esses dados demonstram a importância de termos atenção e iniciativas focadas nesse público. O uso da bicicleta cresceu no Brasil e exige uma abordagem de prevenção ao sinistro”, avaliou o médico Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet.

Em publicação no site da Associação, o médico ressaltou que foram analisados dados oficiais do Datasus e do Ministério da Saúde. 


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