O eletricista Lauro de Ávila Silva, de 22 anos, foi executado a tiros em Muriaé, na Zona da Mata mineira, na noite dessa terça-feira (29/3), na porta de casa. Uma testemunha informou à Polícia Militar (PM) que o crime teria acontecido depois do jovem não saber informar onde o autor dos disparos poderia comprar entorpecentes. A vítima não tinha antecedentes criminais.
A ocorrência teve início às 20h45, quando a PM recebeu informações de que, após disparos de arma de fogo, um homem estava caído na Rua Rosa Moreira, no Bairro Santo Antônio.
Chegando ao local, os militares encontraram a vítima caída na calçada e banhada em sangue. O óbito foi confirmado por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após tentativas de reanimação.
De acordo com as apurações iniciais da Polícia Militar, testemunhas – que tiveram as identidades preservadas por questões de segurança – relataram que o autor do homicídio chegou à rua e, inicialmente, entrou na casa de um jovem de 22 anos – identificado pela polícia como um traficante da região, que foi preso em 17 de fevereiro deste ano ao ser alvo de um mandado de busca e apreensão.
Ainda segundo os relatos das testemunhas, o suspeito do assassinato permaneceu na referida residência por aproximadamente 10 minutos, quando saiu do imóvel e foi em direção ao eletricista, que estava sentado na calçada em frente à casa onde morava.
Logo, o homem teria perguntado para Lauro onde teria entorpecentes para comprar. Ao responder que “não mexia com drogas”, o suspeito sacou uma arma e efetuou dois disparos contra a vítima. Em seguida, ele deixou a cena do crime em uma bicicleta roubada. O outro jovem, que estava em companhia do autor minutos atrás, também fugiu.
A perícia da Polícia Civil também esteve no local e recolheu o celular da vítima. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
Em contato com o Estado de Minas no fim da tarde desta quarta-feira (30/3), o delegado Tayrone Espíndola confirmou que o caso está sendo apurado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Muriaé. “Já temos algumas linhas de investigação, mas ainda não podemos divulgar detalhes”, disse.