A Fundação Cultural de Uberaba (FCU), por meio do Departamento de Patrimônio Histórico, iniciou nesta semana, o Inventário de Proteção do Acervo Cultural (Ipac) das instituições religiosas do espiritismo kardecista, na modalidade "celebração e ritos", que existem na cidade.
Segundo informações da FCU, em seguida, será realizado um dossiê (coleção de documentos) para que assim seja possível o registro do Espiritismo como patrimônio cultural imaterial do município.
"Os centros de Uberaba que tiverem interesse em participar do Ipac podem entrar em contato pelo telefone 3331-9216, das 9h às 17h, ou pelo e-mail secaodegestao.fcu@gmail.com", ressaltou nota da FCU.
Na última terça-feira (29/3), o Centro Espírita Aurélio Agostinho foi o primeiro espaço a receber a equipe do Departamento de Patrimônio Histórico de Uberaba, que realizou uma entrevista técnica sobre a história, atividades mediúnicas e assistenciais, além de outros questionamentos de outras informações da instituição.
O coordenador do projeto, o historiador Gustavo Vaz, explica que a FCU começou a fazer as fichas de inventário com todos os dados históricos dos centros, os quais serão remetidos ao Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha).
"Depois que faremos o dossiê para o registro do Espiritismo como patrimônio histórico cultural do município.
Esse trabalho de preservação é revertido em pontuação do ICMS Cultural para Uberaba", finalizou o historiador.
Chico Xavier e o espiritismo
Você sabia que médium Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier, foi o homem que conseguiu fazer do Brasil a maior nação espírita do mundo?
O mineiro, nascido em Pedro Leopoldo no dia 2 de abril de 1910, mudou-se para Uberaba no dia 5 de janeiro de 1959, quando iniciou as suas atividades mediúnicas a partir de reuniões públicas da Comunhão Espírita Cristã.
Em Uberaba, ele morreu em 30 de junho de 2002, dia em que o Brasil conquistou o pentacampeonato de futebol. Chico Xavier dizia que iria falecer em um dia em que o país estivesse em festa.
Ele escreveu aproximadamente 450 livros, que já venderam mais de 50 milhões de exemplares. Os direitos autorais das obras foram cedidos para instituições de caridade.
Segundo informações da matéria "Como Chico Xavier fez do Brasil o maior país espírita do mundo", da revista Super Interessante, redigida em 2018, o médium conquistou 3,8 milhões de fiéis e 30 milhões de simpatizantes, em 75 anos de trabalho.