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Estado de Minas TRANSPORTE PÚBLICO

Greve do metrô: funcionários decidem manter a paralisação em BH

Trabalhadores criticam privatização do transporte e rechaçam propostas do governo federal. Cerca de 70 mil passageiros ficam sem o metrô nos horários de pico.


31/03/2022 19:55 - atualizado 31/03/2022 20:29

Estação do Metrô de Belo Horizonte fechada por uma grade. Ao fundo, são vistas as catracas do transporte.
Sem previsão de retorno: passageiros de BH e região seguirão encontrando as estações do metrô fechadas nos horários de pico (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 
Os metroviários de Belo Horizonte decidiram, em assembleia nesta quinta-feira (31/3), pela manutenção da greve por tempo indeterminado. A categoria está paralisada desde 21 de março, e o metrô da capital não circula nos horários de pico desde então.
 
 
Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), cerca de 70 mil passageiros são afetados em dias úteis pela greve do metrô. Durante o período de paralisação, o transporte tem circulado apenas das 10h às 17h.

Os funcionários criticam o processo de privatização do metrô de Belo Horizonte. A categoria reivindica que a estabilidade dos cargos seja mantida após a concessão do transporte à iniciativa privada ou que os trabalhadores sejam realocados para outras unidades da Companhia Brasileira de Trens Urbanos CBTU.

O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) afirma que a proposta feita pelo governo federal, que coordena o processo de desestatização, não foi condizente com os pedidos da categoria.

“A proposta não tem nenhum cabimento. Apareceram agora com um aumento de salário e falando que se a gente acabasse com a greve, eles aumentariam o salário. Só que nossa greve não é por isso, então recusamos a proposta”, disse o diretor de imprensa do Sindimetro, Pablo Henrique Azevedo.

O governo federal já chegou a oferecer aos metroviários uma estabilidade de 12 meses nos cargos após a concessão. A proposta, no entanto, foi considerada insuficiente pelo sindicato.

A CBTU afirma que não coordena a privatização do metrô e que o horário de funcionamento definido pelo movimento grevista causa transtornos para o transporte público de BH e Região Metropolitana. 

De acordo com a companhia, uma multa de R$ 30 mil diários, definida pelo Tribunal Regional do Trabalho, está sendo cobrada dos trabalhadores. Nesta quinta, portanto, o valor acumulado já chegou a R$ 330 mil.


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