Entregadores por aplicativos estão concentrados nesta manhã de sexta-feira (1/4), desde 9h, no calçadão da Savassi. Eles protestam por melhores condições de trabalho e de remuneração nas taxas de entrega. À tarde eles prometem fazer uma grande movimentação pelo centro, com motociata saindo da Praça da Estação. A concentração será a partir de 15 horas. O movimento continuará no final de semana.
Depois de manifestarem diante de uma rede de sanduíches, eles se dividiram em grupos e foram a quatro shoppings nas regiões Central e Centro-Sul para tentar adesão de outros entregadores.
Entre as pautas dos entregadores do iFood estão o fim da necessidade de agendar previamente o horário de trabalho, além do fim da obrigação de duas ou mais entregas numa mesma corrida. Eles reivindicam ainda que o atendimento seja feito por humanos, e não robôs, pedem o fim dos "bloqueios injustos da plataforma" e a distribuição de pedidos igualitária entre as modalidades de entregadores, além do reajuste anual de taxas.
A iFood anunciou, no dia 17 passado, um reajuste na taxa mínima por corrida, que passou a ser R$ 6. Atualmente o valor é de R$ 5,31. A empresa também vai reajustar o valor por quilômetro rodado em 50% - passará de R$ 1 para R$ 1,50. As mudanças devem entrar em vigor amanhã.
Vanessa Barbosa, que faz parte da organização do movimento, disse que a proposta não atende ao interesse dos entregadores. "Nossa reivindicação é R$ 7,50 para taxa mínima, e R$ 2 o quilômetro rodado", disse. Os organizadores estimam que, atualmente, 5 mil pessoas trabalham em serviços de entrega por aplicativo na capital.
Em nota o iFood diz respeitar "o direito de manifestação e esclarece que mantém o compromisso de diálogo aberto com os entregadores para buscar melhorias e oportunidades para os profissionais como também para todo o ecossistema.
Vale destacar que algumas medidas já adotadas para os entregadores também partiram dessa construção de diálogo com a categoria, além do iFood ser a primeira empresa na América Latina a organizar um fórum nacional para dialogar com entregadores que resultou em uma carta compromisso da empresa.
Neste ano, por exemplo, foi anunciado em março um reajuste (o terceiro em 12 meses) de 50% do valor mínimo do quilômetro rodado (R$1 para R$ 1,50) e da taxa mínima (de R$ 5,31 para R$6), e para garantir mais transparência, foram feitas mudanças na comunicação sobre a sinalização de causas de restrição, ativação e desativação da plataforma. Além disso, o iFood segue apoiando seus parceiros com a implementação de diferentes iniciativas, como a disponibilização de seguros contra acidentes pessoais e por lesão temporária - sendo a única empresa da indústria a oferecer esse tipo de cobertura, entre outros. Como empresa 100% brasileira, já foram investidos mais de R$160 milhões em iniciativas de apoio aos entregadores desde o início da pandemia."