A maioria dos municípios mineiros estão com alta de casos de dengue, de acordo com o Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti (Lira), divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
São 233 com o índice de infestação igual ou maior que 4 por isso, estão em situação de risco. Outros 344 (40,3%) estão em alerta e em 205 (24%) o indicador é classificado como satisfatório, ou seja, o índice de infestação é menor que 1.
Em Belo Horizonte, de acordo com o último levantamento até o dia 24 de março, foram confirmados 118 casos de dengue em Belo Horizonte. Há 894 casos notificados pendentes de resultados. Foram investigados e descartados 960 casos. A regional Nordeste da capital foi a recordista de casos, com 184 casos prováveis e 22 confirmados.
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Até 21/12/2021, Minas Gerais registrou 24.486 casos prováveis (notificados exceto os descartados) de dengue. Desse total, 15.441 foram confirmados para a doença. Seis óbitos foram confirmados.
Belo Horizonte teve 1.588 notificações de casos de dengue em 2021, dos quais 1.063 foram confirmados, segundo um levantamento da Prefeitura de Belo Horizonte.
Pandemia da COVID -19 pode ter distraído a população do cuidado com outras doenças
O epidemiologista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Geraldo Conha Cury acredita que as pessoas focaram na pandemia da COVID-19, e descuidaram de outras doenças como a gripe e a dengue. " Não são tão letais quanto a COVID - 19, mas podem matar. Não se falou nada de dengue. E neste ano, com os casos aumentando em função do período de chuvas e do calor, é preciso que o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde façam campanhas para alertar a população para realizar todas as medidas possíveis contra a dengue", argumenta.
Além disso, de acordo com ele, o sistema de saúde pode ficar sobrecarregado caso tenha uma alta de casos de COVID-19, gripe e dengue simultaneamente ou em curtos intervalos de tempo. " É preciso entender que essas doenças podem ser confundidas umas com as outras, até que venha o diagnóstico correto", explica.
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O professor faz ainda um apelo para que a população compareça nas campanhas de vacinação da gripe e da COVID -19, a fim de diminuir a chance de um novo colapso do sistema de saúde.
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Estudos sobre uma vacina para as doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti
O epidemiologista afirma que já existem estudos para uma vacina contra a dengue, porém, a verba para a produção dos imunizantes é muito restrita, já que não é considerada uma doença de primeiro mundo. " Ao contrário da COVID-19, em um curto espaço de tempo, felizmente foi possível produzir uma vacina", esclarece.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Fernanda Borges