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Estado de Minas VEJA VÍDEOS

Entregadores barram retirada de pedidos em lojas durante protestos em BH

Trabalhadores se organizam em frente às lojas para dificultar as viagens de companheiros. O objetivo é chamar a atenção dos aplicativos


01/04/2022 16:13 - atualizado 01/04/2022 17:02

Motociclistas entregadores seguram faixas cobrando melhores condições de trabalho aos aplicativos de delivery
Entregadores se reuniram na Praça da Estação, Centro de BH, no início da tarde desta sexta (1º) (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Entregadores por aplicativo protestam por melhores condições de trabalho desde a manhã desta sexta-feira (1º) em Belo Horizonte. Além de se concentrarem em pontos específicos da capital como a Savassi e a Praça da Estação, os trabalhadores se organizaram para barrar a retirada de pedidos em diferentes locais da cidade.


A estratégia é chamada de "breque". O objetivo é chamar a atenção dos aplicativos. Neste vídeo, o entregador Junior, um dos líderes do movimento, explica como a categoria organizou o protesto.

Em vídeos enviados por participantes da manifestação, são registrados momentos em que os entregadores se reúnem para evitar a entrada em lojas e até rasgam a embalagem de entregas que estavam prontas para sair ao destino.



A pauta de reivindicação da categoria inclui o reajuste anual de taxas e a distribuição igualitária de pedidos entre as modalidades de entregadores.

Os trabalhadores ainda cobram o fim do agendamento prévio do horário de trabalho, da obrigação de fazer mais de uma entrega numa mesma corrida e que o atendimento das plataformas seja feito por pessoas e não robôs.

A iFood, principal aplicativo de entregas, anunciou que, a partir deste sábado (2), haverá um reajuste na taxa mínima da corrida, que sai de R$ 5,31 para R$ 6. O valor pago por quilômetro rodado também aumentará, saindo de R$ 1 para R$ 1,50.

Pelo lado das lojas, a representação em Minas da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) afirma que os protestos impactam no funcionamento dos estabelecimentos, mas que entende a manifestação como um direito legítimo dos trabalhadores.

O presidente da Abrasel em Minas, Matheus Daniel, ressaltou que bares e restaurantes também têm reclamações sobre o funcionamento dos aplicativos de entrega e que estão junto dos entregadores. No entanto, ele critica a prática de impedir a saída dos pedidos.

"Temos pautas em comum para melhorar o delivery para todos, para que seja um ambiente saudável. O que a gente não pode jamais concordar é que alguns grupos de motoboys estejam fechando bares e restaurantes e impedindo pessoas de trabalhar. Eles têm que saber que o bar e o restaurante são tão explorados quanto os entregadores. A gente chega a pagar taxas para os aplicativos em torno de 27%", aponta.
 
 


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