Cânticos em latim, imagens centenárias e orações envolvidas pela atmosfera barroca das igrejas de Minas. Começa na noite deste domingo (3) o Setenário das Dores de Maria, que, nos próximos sete dias, reunirá os fiéis rezas, meditação e preparação para a semana santa. Como ocorre no período da quaresma, todos os altares estão cobertos por tecido roxo.
“Neste tempo de guerra, pandemia e muitas dificuldades, vamos rezar pelas dores do mundo e pedir muito a Deus pela humanidade”, diz o pároco e reitor do Santuário Arquidiocesano de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, padre Felipe Lemos Queirós.
Padre Felipe afirma que cidades históricas mineiras, a exemplo de Sabará, Ouro Preto, Mariana, São João del-Rei e outras mantêm a tradição do Setenário das Dores como no século 18, com “orquestra e músicas em latim”. Nos últimos dois anos, não houve o rito presencial em função da pandemia. Agora, na volta da tradição, é necessário apenas o uso de máscara e higienização das mãos.
Na noite deste domingo, às 19h, no santuário localizado na Praça da Matriz, no Centro Histórico de Santa Luzia, haverá a recitação da Coroa das Dores de Nossa Senhora, seguindo-se a missa, às 19h30. Até sábado, os horários serão os mesmos, contemplando cada dia uma dor de Nossa Senhora.
Alimentos
No município de Jaboticatubas, a 60 quilômetros da capital, tem início a Semana das Dores, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição. À frente das celebrações está o administrador paroquial, o padre Diovane Morele Soares. Às 19h deste domingo, haverá a recitação do terço das Sete Dores de Maria, seguindo-se a meditação da primeira dor. A cada dia, haverá doação de um alimento para as obras sociais da paróquia.