A mãe de um bebê jogado em córrego em Três Pontas, no Sul de Minas, foi presa em São Paulo nessa segunda-feira (4/4). A Polícia Civil de Três Pontas recebeu a denúncia de que a mulher estava fugindo de ônibus e foi localizada pela Polícia Rodoviária Federal, em Bragança Paulista. A suspeita teria se divertido após o crime e se assustado com a repercussão do caso.
A Polícia Civil de Três Pontas fez uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (05/04) para detalhar o caso, que aconteceu no último domingo (03/04). A jovem suspeita de ter jogado um recém-nascido em um córrego da cidade foi identificada após uma denúncia anônima.
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Mãe de bebê jogado em córrego em Três Pontas diz temer ser morta na cadeia
Prints de conversas com uma amiga foram divulgados. A suspeita revelou o medo de ser presa e confessou que agiu sozinha. A Polícia Civil ficou sabendo que a jovem estaria fugindo de ônibus para São Paulo e foi atrás da suspeita.
“Policiais foram até a casa da suspeita e encontrou vestes sujas de sangue e remédios para enjoo, que teria sido usado para disfarçar a gravidez”, conta o delegado responsável pelo caso, Gustavo Gomes.
O ônibus foi parado em Bragança Paulista, em São Paulo, pela Polícia Rodoviária Federal. Na sequência, a mulher foi levada para o posto da PRF em Pouso Alegre.
“Nós ficamos sabendo que ela iria para São Paulo. A Polícia Rodoviária Federal foi acionada e interceptou a autora em Bragança Paulista. Ela foi levada Pouso Alegre. A mulher confessou o crime e narrou detalhes”, explica.
Além dos prints, imagens de um circuito de monitoramento foram divulgadas que mostra parte da ação da suspeita. “A ação aconteceu na última quinta-feira (31/03). Ela teve o parto dentro do banheiro, amarrou a criança dentro de um saco e jogou o bebê dentro de um rio. No primeiro momento, ela diz que colocou a criança, mas as imagens mostram que ela jogou o bebê. A criança foi lançada”, diz delegado.
De acordo com a polícia, a jovem descobriu a gravidez de forma tardia e não teria revelado a ninguém. A mulher de 23 anos já tem uma filha de 5 anos. A polícia acredita que a criança nasceu com vida aos oito meses de gestação e por falta de cuidado, o bebê não tenha resistido. “O bebê nasceu de forma natural, mas ela tenha feito algo para induzir o parto”, afirma.
A polícia informou que a suspeita jogou a sacola em um ponto mais alto do córrego, mas no dia, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) estava fazendo manutenção das manilhas e a sacola pode ter sido arrastada pelo fluxo da água. Em algum momento, a sacola teria se enroscado nos galhos e o corpo do bebê ficou exposto.
Segundo o delegado, a jovem continuou a vida normalmente após jogar o bebê no córrego. “Após praticar o crime, a suspeita ainda conseguiu sair para se divertir no fim de semana, mas se desesperou ao ver a repercussão do caso”, ressalta.
A Polícia Civil aguarda o laudo da necrópsia para determinar a causa da morte, mas a polícia acredita que tenha sido uma asfixia após o parto por falta de cuidados ou socorro.
A mulher deve responder por infanticídio e ocultação de cadáver. “O medo dela é com relação à cadeia. Em nenhum momento mostrou arrependimento com o crime em si”, diz Gustavo Henrique Domingos Campos.
A mulher deve responder por infanticídio e ocultação de cadáver. “O medo dela é com relação à cadeia. Em nenhum momento mostrou arrependimento com o crime em si”, diz Gustavo Henrique Domingos Campos.