Jornal Estado de Minas

CONSTRUÇÃO CIVIL

Homem abre empresa em nome da mãe para alugar equipamentos furtados


Um homem de 30 anos é investigado por furtar betoneiras e alugá-las em municípios do Centro-Oeste e Sul de Minas, usando uma empresa aberta em nome da mãe dele. A Polícia Civil (PC) conseguiu recuperar nove máquinas durante operação. Os detalhes foram divulgados nesta terça-feira (4/4) pelo delegado de Carmo do Cajuru, Wesley Costa.




 
 
 
Na ação desencadeada na quinta-feira (31/3), em parceria com o 6º Departamento de Polícia Civil em Lavras, foram cumpridos mandados de busca em Cajuru e também em Guapé, esta última no Sul do estado.

Além das betoneiras, foram apreendidos um compressor, cadernos com anotações e contratos de locação, cerca de R$ 18 mil em cheques, celulares, pen drive, além de artefatos explosivos de uso restrito e munições.

As investigações começaram em setembro do ano passado. Na época, seis betoneiras foram furtadas em menos de um mês. O suspeito e a esposa dele foram identificados a partir das imagens da câmera de segurança da prefeitura que flagraram a ação. No vídeo, eles aparecem transportando os equipamentos em uma caminhonete.





O homem abriu uma empresa em nome da mãe dele para alugar materiais de construção, além dos produtos frutos dos crimes. Eles eram locados em Guapé, onde foram apreendidos na semana passada. Um deles, apreendidos em uma das casas compradas pelo homem em frente ao lago de Furnas, foi identificado por uma das vítimas.

O imóvel também foi comprado usando o nome da mãe dele. “Diligências ainda em campo na cidade de Guapé conseguiram demonstrar que o investigado, utilizando o nome da mãe, ainda comprou no local dois imóveis, um em frente ao Lago de Furnas, onde três das betoneiras foram apreendidas em uma casa em construção. Dessas, uma já foi reconhecida por uma vítima como sendo de sua propriedade”, explica o delegado.

Parte dos equipamentos foi alugada por uma outra empresa especializada em locações que a sublocou para construtores. As máquinas apreendidas serão levadas para Carmo do Cajuru para reconhecimento das vítimas.

O suspeito ainda não foi preso. As investigações continuam para tentar identificar outros envolvidos no esquema. A polícia trabalha com a possibilidade de prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, posse ilegal de artefato explosivo, posse ilegal de munição de calibre permitido, entre outros.