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Estado de Minas SUSPEITA DE HIDROFOBIA

Novo caso suspeito de raiva humana é registrado em aldeia maxacali em Minas

Prefeito e diretora da UPA de Teófilo Otoni informaram ao Estado de Minas que uma menina, de 12 anos, da mesma etnia, foi trazida para BH com os mesmos sintomas


06/04/2022 11:29 - atualizado 06/04/2022 16:42

UPA de Teófilo Otoni
UPA de Teófilo Otoni (foto: Agência Minas/Divulgação)


Um adolescente indígena, de 12 anos, da aldeia maxacali, morreu em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, com a suspeita de raiva humana, após ter sido mordido por um morcego hematófago. Uma menina, de 12 anos, da mesma etnia, foi encaminhada para o Hospital João Paulo II, em Belo Horizonte, também com a suspeita da doença viral, conforme informou ao Estado de Minas a diretora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teófilo Otoni, Danielle Avelar. A informação também foi confirmada pela Fhemig.
 
O garoto morreu na segunda-feira (04/04), na UPA da cidade do Vale do Mucuri. Ele deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento no dia anterior, vindo do hospital de Machacalis (174 quilômetros de Teofilo Otoni, na mesma região). O menino era da aldeia Pradinho, da etnia maxacali, no município de Bertópolis, distante 195 quilômetros de Teófilo Otoni.  

O prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira (PT), disse que a familia do adolescente informou que ele havia sido mordido pelo morcego na área maxacali 10 dias antes, mas continuou recebendo “tratamento” apenas com os rituais indígenas, até que o caso se agravou e foi encaminhado para o atendimento médico hospitalar. 

Conforme informações da UPA de Teófilo, o menino apresentou sintomas como agressividade, vômitos, dores, febre e dificuldades para andar. Os sintomas se agravaram e evoluíram para morte. Como ele relatou ter sido mordido por um morcego, o caso passou ser considerado suspeito de raiva humana.

Por enquanto, não há diagnóstico de confirmação da doença. A diretora da UPA de Teófilo Otoni informou que foi colhido material para exame em laboratório em São Paulo, que vai confirmar a causa da morte. Danielle Avelar disse que uma menina de 12 anos também teria sido mordida por um morcego na aldeia macaxali.

Ontem à noite, após apresentar sintomas e o quadro se agravar, ela foi encaminhada de ambulância de Macachalis para a UPA da cidade. Porém, a garota nem chegou a dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento de Teófilo Otoni. Isso porque, informou Danielle, foi conseguida uma vaga para a criança em um hospital de Belo Horizonte, para onde ela foi encaminhada na madrugada de hoje. A mesma informação foi dada pelo prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira. A Fhemig nega que haja paciente com suspeita de raiva internado no hospital.
 
Secretaria de Saúde 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou em nota que "foi notificado no dia 04/04 um óbito suspeito de raiva humana em hospital do município de Teófilo Otoni/MG. O paciente era residente do município de Bertópolis.

Importante esclarecer que o caso encontra-se em investigação, ou seja, ainda não está confirmado por exames laboratoriais. As amostras biológicas do paciente já foram coletadas e serão encaminhadas para os laboratórios de referência.

Assim que foi notificada do caso suspeito, a SES-MG tomou as seguintes medidas:

- Notificação do caso suspeito ao Ministério da Saúde;
- Orientação quanto a coleta de amostras biológicas;
- Solicitação de envio de relatório de investigação preliminar;
- Investigação na localidade de ocorrência da exposição com busca ativa de pessoas que tiveram contato com o caso suspeito e encaminhamento para atendimento médico profilático;
- Contato com o Instituto Mineiro de Agropecuária para ações cabíveis;
- Vacinação antirrábica de cães e gatos da localidade – bloqueio focal;
- Divulgação do caso na região com objetivo de alertar as pessoas sobre as formas de transmissão e prevenção da raiva.

A SES-MG informa, ainda, que o último caso de morte por raiva humana em Minas Gerais foi registrado em 2012, no município de Rio Casca/MG."

Questionada sobre o segundo caso suspeito, a Secretaria de Saúde disse que não tem informações sobre a transferência da menina maxacali para Belo Horizonte.



 


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