O metrô de Belo Horizonte opera com horário reduzido há 18 dias e não há previsão de retorno do funcionamento nos horários de pico. Em greve desde 21 de março, os metroviários decidiram manter o movimento durante assembleia na última quarta-feira (6).
O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) protesta contra o processo de privatização do metrô de Belo Horizonte. A categoria pede a manutenção da estabilidade dos cargos ou a realocação em outras unidades da CBTU pelo país quando o transporte for concedido à iniciativa privada.
De acordo com o sindicato, o governo federal, responsável pelo processo de privatização, não atende aos pedidos de negociação feitos pela categoria. Do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CCPI) partiu a proposta de manter os postos de trabalho por 12 meses após a concessão, o que a categoria considera insuficiente.
Se aproximando da terceira semana completa de greve, a CBTU segue criticando o horário de funcionamento definido pelo movimento paredista. Junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a companhia estabeleceu uma multa diária de R$ 30 mil aos trabalhadores paralisados. O valor total já chegou a R$ 540 mil.