Funcionários da rede estadual de ensino decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (12), suspender a greve da categoria, que teve início em 9 de março. A decisão veio após deputados estaduais derrubarem o veto do governador Romeu Zema (Novo) à proposta de reajuste que adequa os vencimentos dos servidores da educação ao piso salarial.
Leia Mais
Fuad quer subsídio de gratuidades para barrar aumento das tarifas em BHBH aprova em 1º turno PL da Dignidade Menstrual em escolas municipaisConcurso escolherá monumento em homenagem a vítimas de BrumadinhoInscrições para vagas temporárias na rede estadual terminam no domingo (30)Diretores de escolas estaduais são exonerados e falam em 'perseguição'Governo de Minas vai nomear 2 mil professores aprovados em concursoPiso dos professores: Zema comemora posição "favorável" do MP ao governoCentenas de professores protestam na Cidade Administrativa nesta sextaProfessores de escolas privadas de MG rejeitam proposta e marcam protestoMG: alunos da rede estadual retomam as aulas após mais de um mês de greve PRF restringe tráfego de caminhões em rodovias federais durante o feriadoAluna esfaqueada em escola de Ituiutaba deixa hospital; caso é investigado“Foi uma vitória, o governo ainda nos deve os reajustes do piso de anos anteriores, mas suspendemos a greve e vamos dar uma oportunidade ao governador de sancionar o aumento” disse a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Denise Romano, em entrevista ao Estado de Minas.
Zema havia vetado trechos adicionados pelos parlamentares ao projeto de reajuste enviado pelo governo estadual à ALMG. O governador propunha um reajuste de 10,06% a todo funcionalismo público. Os parlamentares, por sua vez, incluíram no projeto um aumento de 14% para as áreas de segurança e saúde e de 33,24% para educação.
Com o reajuste reivindicado aprovado na casa legislativa, os servidores da educação decidiram suspender a greve. A categoria, no entanto, só volta às escolas na próxima segunda-feira (18).
“É uma decisão que leva em conta uma questão logística, são grandes deslocamentos que foram feitos pelos servidores e essa é uma semana mais curta, por conta do feriado. Mas também vamos observar e acompanhar o comportamento do governo do estado em relação ao cumprimento do que foi decidido”, explicou Denise Romano.
Após a decisão da ALMG, o governo do Estado tem até 48 horas para sancionar o Projeto de Lei nos moldes aprovados pelo Legislativo. Aliados de Zema, no entanto, acreditam que o governador ainda possa ir à Justiça para anular a votação dos deputados.
Os servidores da educação seguem mobilizados na capital mineira, ao menos até esta quarta-feira (13). Às 10h está prevista uma manifestação interreligiosa na Praça Sete, hipercentro de BH, para o agradecimento pela conquista do reajuste salarial nos moldes reivindicados pela categoria.