O julgamento do médico Álvaro Ianhez entrou no segundo dia nesta terça-feira (19) em Belo Horizonte. Ele é um dos acusados pela morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Pavesi. O caso aconteceu em abril de 2000, em Poços de Caldas, no Sul de Minas. A sessão é realizada no Tribunal do Júri.
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Homem é morto com pedradas e pauladas em Venda NovaMulher é suspeita de esfaquear companheiro após briga por dinheiroMotorista morre preso às ferragens após bater contra caminhão em AraguariMédico envolvido na morte do menino Paulo Pavesi pega 21 anos de prisãoCOVID: mês de abril tem 30% das mortes registradas em março em MinasDe acordo com a denúncia do Ministério Público, o médico e outros acusados tiveram a intenção de forjar e documentar a morte de Paulo Pavesi para a retirada ilegal de órgãos.
Relembre o caso
Em abril de 2000, Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, foi atendido por uma equipe médica depois de sofrer traumatismo craniano ao cair de uma altura de 10 metros do prédio onde morava.
Paulo foi levado ao Hospital Pedro Sanches, mas, após alguns problemas durante a cirurgia, foi encaminhado à Santa Casa de Poço de Caldas, onde morreu.
O pai da criança desconfiou das circunstâncias da morte depois de receber uma conta do hospital de quase R$ 12 mil. De acordo com as informações, a cobrança tratava-se de medicamentos para remoção de órgãos, que, na verdade, deveriam ser pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na denúncia consta que a equipe médica cometeu uma série de atos e omissões voluntárias forjando a morte do menino para que ele fosse doador de órgãos.
"Estão entre as acusações a admissão em hospital inadequado, a demora no atendimento neurocirúrgico, a realização de uma cirurgia por profissional sem habilitação legal, o que resultou em erro médico, e a inexistência de um tratamento efetivo e eficaz. Eles são acusados também de fraude no exame que determinou a morte encefálica do menino", diz o TJMG.