Jornal Estado de Minas

LAZER NA PAMPULHA

Zoológico de BH tem piquenique e até delivery no recinto dos animais

Em forros coloridos nos gramados, sob as sombras das árvores, o tradicional piquenique em família ainda domina a preferência dos turistas para a alimentação no Jardim Zoológico e Jardim Botânico de Belo Horizonte. Mas outras modalidades já estão disponíveis para quem preferir, desde os ambulantes e food trucks que podem, a partir desta sexta-feira (22/04), se posicionar em 14 pontos do espaço, bem como os aplicativos de entrega liberados para levar guloseimas ao recinto dos gorilas, dos elefantes, jardim japonês e onde mais os clientes combinarem.





Devido ao número restrito de vagas, apenas sete para veículos de venda de comida e bebida motorizadas e sete de tração humana, a associação que representa os ambulantes e food trucks ainda se organiza para estabelecer rodízio, sorteio ou outro método para a ocupação dos espaços disponíveis, de acordo com o Presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotanica, Sérgio Augusto Domingues.

“Eles (ambulantes e food trucks) estão se organizando e nesta quinta-feira (21/04), uma dona de caminhão de sanduíches e bebidas fez um teste. Agradou muito, vendeu tudo que tinha e saiu muito satisfeita. Passou no teste da organização também, ela é cuidadora de animais e por isso trouxe recipientes para os resíduos e procurou exercer a atividade de forma sustentável”, afirma o presidente da fundação.

Presidente da Fundação de Parques e Zoobotanica, Sérgio Augusto Domingues, abre oportunidades para delivery, foodtruks e ambulantes (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
De acordo com Domingues, as opções se abriram ainda mais com a possibilidade de pedir delivery. “Estamos orientando as pessoas na entrada sobre essa possibilidade de entregas por aplicativos, muitos gostaram. Temos também as barraquinhas tradicionais. O restaurante passou muito tempo desativado, precisa de obras estruturais e a intenção é procurar o reativar com a iniciativa privada”, disse o presidente da fundação.



A abertura de várias opções foi elogiada pelos frequentadores desta sexta-feira ouvidos pela reportagem, mas o piquenique de família ainda predomina. Ao lado da mulher dos dois filhos, da irmã, cunhado e sobrinhos, o contador Roginerio Simoncello, de 42 anos, conta que essa opção traz maior sintonia com a natureza do lugar. “A gente aproveita mais o ambiente, o ar livre, monta tudo com gosto, traz as comidas mais saudáveis e que as crianças mais gostam. Mas é sempre bom ter outras opções para quem quer ficar mais tempo ou esqueceu de trazer o lanche”, pondera.

Movimento de turistas no zoológico foi grande nesta sexta-feira (22/04). Na entrada, a orientação sobre a possibilidade de delivery (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
Na hora de eleger os animais que mais gostam, enquanto mordiscam sanduíches e frutas, os pequenos primos citam ao mesmo tempo o leão, os macacos, o elefante, a zebra e lamentam a falta da girafa, falecida em 2015.

Vindos de Volta Redonda (RJ) João, Carolina e o filho Henrique Cunha tiraram o feriado para conhecer BH e o zoológico (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
As dimensões de parque do Zoológico e o grande número de animais impressionou uma família turistas de Volta Redonda (RJ), também felizes em saber que podem contar com várias opções de comida e bebida, até mesmo pelos aplicativos de telefone celular. O engenheiro João Cunha, de 34, a pedagoga Carolina Cunha, de 32, e o filho Henrique Cunha, de 2, tiraram o feriado para conhecer BH e o zoológico tem sido a melhor surpresa. "Conhecia outros zoológicos, mas o daqui é um passeio completo e impressionante. Muitos animais, alguns que nunca tínhamos visto de perto, como o rinoceronte e o elefante. Nosso filho gosta muito, E vamos aproveitar para comer aqui, talvez por aplicativo", disse João.



Nascida em BH, a enfermeira Letícia Diniz, de 38, fez questão de trazer o marido, o engenheiro paraibano Miguel Augusto de Souza Falcão, de 36, e o filho de 5, Henrique Falcão para conhecerem o espaço dos bichos. "A viagem foi para visitar a família, mas não há como vir a BH e não conhecer o zoológico. Todos ficamos muito presos na pandemia e agora  estamos aproveitando. Ainda melhor sabendo que podemos trazer o alimento ou pedir o que desejarmos", disse.

Food trucks e ambulantes 


Mesmo ainda não tendo decidido quais os comerciantes que ocuparão os espaços para vender comidas e bebidas no Zoológico e Jardim Botânico de BH, desde esta sexta-feira (22/04) os ambulantes e food trucks já poderiam estacionar em setores como o Jardim japonês, Jardim Botânico, Praça das aves, Aquário, Recinto dos hipopótamos e Administração.

Para  comercializar alimentos em veículos dentro da Fundação Zoobotânica os comerciantes precisam ser titulares de Documento Municipal de Licenciamento (DML) emitido pela Secretaria Municipal de Política Urbana para venda de alimentos nas ruas da capital.



A venda de alimentos nos food trucks e carrinhos funciona de 8h às 17h. Para a preservação da saúde dos animais e manutenção de um ambiente silencioso é proibida a comercialização de pipoca, amendoim torrado, praliné e bebidas alcoólicas.

"Não há como vir a BH e não conhecer o zoológico", disse a belo-horizontina Letícia Diniz que veio de São Luís com a família (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
Os carrinhos e veículos de comércio de alimentos só podem funcionar em áreas demarcadas, em ponto compatível com as dimensões do veículo, respeitando o descritivo e o número de vagas.

Deverão ser utilizados preferencialmente materiais recicláveis, sendo vedado a venda de produtos em recipientes em vidro e uso de canudo plástico. Os resíduos sólidos produzidos deverão ser corretamente acondicionados e transportados.

A entrada dos veículos automotores deverá ser realizada pela Portaria 2 , da Avenida Antônio Francisco Lisboa, nº 2.600, enquanto os carrinhos empurrados por comerciantes entram tanto por essa portaria quanto pela 1, na Avenida Otacílio Negrão de Lima, nº 8.000. O acesso deles se dá de 8h às 10h conforme ordem de chegada, respeitado o limite de vagas, podendo a administração estabelecer rodízio em caso de grande procura.