A greve dos trabalhadores do metrô de Belo Horizonte entrou no 36º nesta terça-feira (26/4). Balanço divulgado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Belo Horizonte (CBTU-BH) informa que, ontem (25), 35° dia da mobilização, o serviço de metrô atendeu a apenas 32.024 passageiros. A estimativa é de que 67.976 pessoas foram prejudicadas, considerando que a média de passageiros transportados em dias úteis antes da greve era de 100 mil.
A assembleia do sindicato com a categoria marcada para amanhã (27), às 17h30, definirá os rumos do movimento paredista. Até o momento, o metrô está funcionando das 10h às 17h, todos os dias com horário reduzido.
A greve
A greve dos metroviários começou em 21 de março e continua sem previsão para terminar. O movimento é do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), que exige a garantia do emprego dos 1,6 mil servidores concursados depois da privatização do metrô.
A privatização do metrô de Belo Horizonte é uma iniciativa do governo Bolsonaro que pretende leiloar serviço de responsabilidade da CBTU, empresa pública federal. O pregão está marcado para o dia 28 de julho deste ano.
De acordo com o Sindimetro, o governo não quer dialogar com a categoria e, por isso, seguem em paralisação. Esta é a maior greve do metrô de BH desde 2012, que durou 37 dias.
Além disso, desde 18 de março, decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região estabelece o funcionamento do metrô em horários de pico, o que não foi acatado pela categoria. A multa prevista para o descumprimento da exigência é de R$ 30 mil por dia. O valor já ultrapassa 1 milhão de reais.
*Estagiária sob supervisão