O movimento é contrário à exploração mineral na serra e afirma que, caso a exploração seja iniciada, a Serra do Curral sofrerá graves danos. O plano da Tamisa inclui a exploração da região da Fazenda Ana da Cruz, que fica em Nova Lima, na divisa com a capital e próxima ao Pico Belo Horizonte, ponto mais alto da serra.
O processo tem duas etapas, na primeira, espera-se extrair 31 milhões de toneladas de minério de ferro ao longo de 13 anos. Já a segunda fase consiste na lavra de 3 milhões de toneladas de itabirito friável rico, com dois anos de implantação e nove de operação.
Entre os impactos previstos pelo movimento estão a destruição da biodiversidade na serra, que abriga quase 40 espécies de plantas e animais ameaçados de extinção; poluição do ar causada pelas explosões utilizadas para a extração do minério; a poluição sonora causada pela atividade mineradora em três turnos diários (manhã, tarde e madrugada); riscos de desabamentos ampliados pelas explosões e pela falta de vegetação que evita a erosão do solo; além da morte de cursos d'água que nascem na região.
O impacto da poeira da mineração também é uma preocupação. Seguindo a mesma ideia de estar em uma região de corrente de ar em direção à capital, existe o receio de que pó de minério de ferro e dos procedimentos de extração cheguem até regiões centrais da cidade.