Após o governador Romeu Zema (Novo) oficializar, nesta quarta-feira (27/4), a dispensa do uso máscaras em espaços fechados a partir do dia 1° de maio, cidades de Minas Gerais já se preparam para desobrigar a utilização das proteções faciais. Além de Belo Horizonte, que colocará decreto sobre o assunto em vigor nesta quinta (28), Nova Lima e Sabará, na Região Metropolitana, também ajusta os detalhes para iniciar a flexibilização a partir do Dia do Trabalhador.
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Já em Ribeirão das Neves, as máscaras em espaços fechados são desobrigadas desde a semana passada. Mais cedo, mas ainda neste mês, Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Governador Valadares, tomaram o mesmo caminho. Em março, decisão igual havia sido tomada por cidades como Uberlândia (Triângulo), Varginha (Sul) e Bocaiúva (Norte). Cabe a cada prefeitura avaliar se a retirada das máscaras será permitida.
"Com o avanço da maior operação de vacinação da história de Minas, depois de mais de 2 anos de pandemia, o sorriso dos mineiros poderá de novo ser mostrado para todo o mundo", disse Zema, no Twitter.
Antes da flexibilização irrestrita anunciada hoje, o governo mineiro permitia que cidades com bons índices de cobertura vacinal pudessem avaliar individualmente a possibilidade de desobrigar as máscaras.
BH tira a máscara, mas segue em alerta
Ainda neste mês, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), relacionou a liberação do uso de máscaras ao avanço da vacinação infantil. Dados de ontem apontam que apenas 35,9% dos jovens entre 5 e 11 anos receberam a segunda injeção - entre os maiores de 12 anos, o reforço foi aplicado em 65,4%.
Embora reconheça que a cidade ainda não atingiu o "nível ideal" de cobertura vacinal, a secretária municipal de Saúde, Cláudia Navarro, garante que houve considerável avanço.
"Em 17 de março, 13,3% das crianças haviam tomado a segunda dose", lembrou, durante entrevista coletiva, em comparação aos quase 36% atuais. "Um dos motivos é exatamente essa tentativa de conscientização dos pais, dos responsáveis, sobre a vacinação da criança".