Santa Luzia quer, assim como a vizinha BH, liberar as máscaras. Embora o uso delas em ambientes fechados continue obrigatório, o comitê de enfrentamento à COVID-19 instituído pela prefeitura local acionou a Procuradoria-Geral do Município (PGM) ontem. Uma nota técnica enviada pelos especialistas pede a análise da desobrigação dos rostos cobertos em espaços privados.
Em Contagem, onde a população pode circular pelas ruas com as faces à mostra, a ideia é se reunir nesta sexta (29) para decidir sobre novo alívio nas restrições. "Após a avaliação dos índices de vacinação na cidade, e demais indicadores, será debatida e deliberada a continuidade ou flexibilização do uso de máscaras em locais fechados", informou a prefeitura, ao Estado de Minas.
Já em Ribeirão das Neves, as máscaras em espaços fechados são desobrigadas desde a semana passada. Mais cedo, mas ainda neste mês, Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Governador Valadares, tomaram o mesmo caminho. Em março, decisão igual havia sido tomada por cidades como Uberlândia (Triângulo), Varginha (Sul) e Bocaiúva (Norte). Cabe a cada prefeitura avaliar se a retirada das máscaras será permitida.
"Com o avanço da maior operação de vacinação da história de Minas, depois de mais de 2 anos de pandemia, o sorriso dos mineiros poderá de novo ser mostrado para todo o mundo", disse Zema, no Twitter.
A partir de 1º de maio, está desobrigado o uso de máscaras em locais fechados em Minas. Com o avanço da maior operação de vacinação da história de Minas, depois de mais de 2 anos de pandemia, o sorriso dos mineiros poderá de novo ser mostrado pra todo o mundo.
%u2014 Romeu Zema (@RomeuZema) April 27, 2022
Antes da flexibilização irrestrita anunciada hoje, o governo mineiro permitia que cidades com bons índices de cobertura vacinal pudessem avaliar individualmente a possibilidade de desobrigar as máscaras.
BH tira a máscara, mas segue em alerta
Ainda neste mês, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), relacionou a liberação do uso de máscaras ao avanço da vacinação infantil. Dados de ontem apontam que apenas 35,9% dos jovens entre 5 e 11 anos receberam a segunda injeção - entre os maiores de 12 anos, o reforço foi aplicado em 65,4%.
Embora reconheça que a cidade ainda não atingiu o "nível ideal" de cobertura vacinal, a secretária municipal de Saúde, Cláudia Navarro, garante que houve considerável avanço.
"Em 17 de março, 13,3% das crianças haviam tomado a segunda dose", lembrou, durante entrevista coletiva, em comparação aos quase 36% atuais. "Um dos motivos é exatamente essa tentativa de conscientização dos pais, dos responsáveis, sobre a vacinação da criança".