
O sindicato diz não acreditar no suposto aumento anunciado pelo governo. Na avaliação dos Técnicos-Administrativos em Educação (TAE), afirmam que os 5% são uma afronta para quem, apenas nos últimos três anos, perdeu 19,99%.
A atividade está prevista para acabar às 14h desta quinta-feira.
Nesta semana, em todo o Brasil, estão sendo realizados atos como parte da 'Jornada de Lutas' pela recomposição inflacionária.
Sem diálogo com o governo
De acordo com a coordenadora geral do SINDIFES, Cristina Del Papa, a manifestação tem o objetivo de dar visibilidade ao movimento dos funcionários.
Ainda de acordo com Cristina, o governo Bolsonaro não tem atuado em diálogo com os servidores públicos para uma discussão sobre a recomposição salarial solicitada.
"A proposta é dar visibilidade ao movimento nacional e aqui na UFMG. Nós fizemos essa obstrução somente no portão da Avenida Antônio Carlos, mas a UFMG tem sete portões, nas outras entradas qualquer pessoa pode entrar e sair da universidade", pontua.
De acordo com Cristina, a categoria está há cinco anos sem ter recomposição salarial. Ela conta que com as manifestações acontecendo em território nacional, o FONASEFE, que está atuando em Brasília, no Distrito Federal, conseguiu um diálogo entre o governo e os servidores.
"Eles estão lá no Ministério, conseguiram conversar com o pessoal, ainda não temos notícia porque a reunião ainda está acontecendo, mas a pressão em âmbito nacional tem funcionado", conta. "O governo tem dito que vai dar 5%. Não é o suficiente, iremos fazer mais pressão para ver se chegamos aos 19%”, completa.
O que é recomposição inflacionária?
A recomposição salarial, prevista no art. 7°, inciso IV da Constituição Federal, que diz respeito aos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, tem o objetivo de recompor o poder aquisitivo dos trabalhadores, atrasado pela inflação.
Leia na íntegra abaixo o inciso:
“IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim”.