Em Belo Horizonte, o uso da máscara em locais fechados deixou de ser obrigatório. O anúncio foi feito à imprensa nesta quarta-feira (27/4) e oficializado, mais cedo, no Diário Oficial do município. A decisão, no entanto, não indica o fim da pandemia e especialistas alertam sobre a necessidade da manutenção de determinados cuidados.
“A pandemia é cíclica. Agora, a COVID-19 pode ter virado uma doença de baixa endemicidade, mas ela pode voltar com uma nova onda muito forte se novas variantes ocorrerem”, explica o médico infectologista Estevão Urbano.
Embora a medida tenha liberado o uso do acessório na maior parte dos espaços fechados da capital, os belo-horizontinos devem ficar atentos à obrigatoriedade em determinados locais.
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, o uso ainda será obrigatório em todos os serviços de saúde da cidade, municipais ou não, além do transporte coletivo e escolar. Em ambientes de pouca circulação de ar e restaurantes self-service o uso também é obrigatório.
Para Estevão Urbano, idosos e imunossuprimidos devem manter a rigidez nos cuidados. “Algumas pessoas continuam se infectando e têm potencial para casos graves da doença. Esta parte da sociedade deve continuar usando máscara”, ressalta.
Segundo o infectologista, mesmo com a flexibilização do uso da máscara, algumas condutas seguem importantes, especialmente para evitar uma nova onda. “É muito importante que sigam certas regras: manter o distanciamento, higienização das mãos, e, principalmente, em caso de qualquer sintoma a pessoa deve procurar um médico e fazer o exame”, completa.
Estevão afirma que o cenário epidemiológico e a monitoração devem continuar. “Devemos observar e medir os impactos da medida nos próximos 15 a 30 dias. Se for necessário, nada impede de retornar a obrigatoriedade do uso de máscara”, finaliza.