Atrasos e longo tempo de espera por ônibus já virou rotina para os moradores da região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Na noite de quinta (28/4), o Consórcio Transfácil anunciou redução na quantidade de viagens dos ônibus fora do horário de pico. No entanto, passageiros relataram à reportagem do Estado de Minas, na manhã desta sexta-feira (29), que esse atraso acontece desde o início da pandemia, inclusive nos horários de pico.
Na estação Venda Nova, na Rua Padre Pedro Pinto, os passageiros reclamam que, mesmo após a retomada do comércio, os ônibus continuam com os horários reduzidos. "Todos os serviços voltaram, mas os ônibus não retomaram o horário normal. Antes de diminuírem a frota, nós já estávamos sofrendo com redução e superlotação de ônibus. Dentro dos ônibus está um verdadeiro caos", afirma o estudante Leonardo Aguiar, de 23 anos, que sai de casa todos os dias às 5h.
Segundo ele, os coletivos passam em horários irregulares, fazendo com que a espera chegue a ser mais de uma hora. "A gente passa mais tempo esperando o ônibus do que dentro dele. Fora dos horários de pico, os ônibus de bairro estão passando de uma em uma hora. Isso quando passa no horário certo. Não tem como reduzir mais do que isso", conta.
O Consórcio Transfácil, formado pelas empresas que operam os coletivos da capital mineira, alega que a medida visa adequar o número de viagens diárias à receita financeira do sistema de transporte público. Segundo o grupo, o corte é necessário para "evitar o colapso total do serviço por falta de recursos financeiros".
Conforme os empresários, a tendência era de queda nos carros disponíveis entre 9h e 16h30. Aos sábados e domingos, também haverá redução. As empresas vão ajustar o quadro de horários noturnos e, também, os intervalos entre as viagens aos sábados, domingos e feriados.