
O resultado foi sentido na pele pelos passageiros durante a manhã, na ida para o trabalho. Com o recuo das empresas em reunião com a Prefeitura de Belo Horizonte, alimentou-se a expectativa de um cenário diferente no fim do dia, mas não foi o que usuários do transporte público relataram ao Estado de Minas.
A contadora Ana Carolina, de 26 anos, falou à reportagem em um ponto no Bairro Barro Preto, Centro-Sul da capital, enquanto esperava pelo primeiro dos dois ônibus que a levam até o Bairro Camargos, Região Noroeste, onde mora.
“Lá no Camargos está muito ruim.
Sem o metrô então fica péssimo, você já chega para o segundo ponto completamente lotado e hoje como diminuíram os ônibus ficou pior ainda. Agora à noite estou voltando para casa e está demorando mais do que o habitual”, relatou.

O aperto também foi relatado pelo auxiliar administrativo Oséias Neri, 42, que conversou com a reportagem a bordo de um Move com destino à Estação Pampulha. Segundo ele, as dificuldades da manhã se repetiram no início da noite.
“Eu fiquei uns 30 minutos esperando o 5250 Estação Pampulha/Betânia. Tá muito difícil, os ônibus estão superlotados, inclusive pela greve do metrô, mas hoje foi um dos piores dias, tanto na ida como na volta”, conta.
A Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que irá apurar a oferta de coletivos na capital e penalizará as empresas em caso de descumprimento de contrato. A reportagem questionou se alguma multa já foi aplicada nesta sexta-feira, mas não houve resposta até a última atualização desta matéria.
A BHTrans disse que os dados sobre a circulação de coletivos na capital nesta sexta-feira ainda não estão fechados.