Os docentes das escolas particulares de mais de 400 cidades de Minas Gerais podem parar as atividades. O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas) agendou assembleia para hoje, em Belo Horizonte, para debater a possibilidade de greve.
A categoria cobra recomposição salarial de 23,4%. O índice é referente às perdas inflacionárias de 2020, 2021 e 2022. "E ainda precisamos de 5% a título de valorização", disse, ao Estado de Minas, a presidente do sindicato dos professores, Valéria Pires Morato.
A entidade reivindica, ainda, os direitos fixados na convenção coletiva de trabalho (CCT) firmada em 2019. A assembleia de hoje vai ocorrer na sede do Sinpro Minas, no Bairro Floresta, na Região Leste de BH. A plenária está prevista para começar às 14h. "Será uma assembleia com indicativo de greve, na qual poderemos decidir pela paralisação das atividades docentes", afirmou a dirigente.
A proposta apresentada pelo Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) prevê reajuste de 5% aos trabalhadores da educação básica. No que tange aos professores do ensino superior, a oferta de aumento é de 4%. Segundo Valéria Morato, a ideia dos patrões é "retirar direitos históricos" do professorado. "Eles querem acabar com a cláusula da isonomia salarial, reduzir o valor do adicional por tempo de serviço, alterar férias e recessos e retirar bolsas de estudo para parcela da categoria".
Em nota, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep) informou que "as interações com os sindicatos representativos dos profissionais que trabalham nas instituições particulares de ensino se encontram adiantadas em suas negociações" disse apostar que elas cheguem a “um bom termo”, “com todas as partes sendo contempladas, de forma equilibrada".