O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), fez um apelo aos pais para que levem os filhos para se vacinar contra a gripe, sarampo e COVID-19. Ele abriu o Dia D de Vacinação na capital, neste sábado (30/4). Nos moldes das antigas campanhas, a prefeitura montou um posto de vacinação no Parque Municipal Américo Renné Giannetti e contou com a presença do Zé Gotinha.
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"Historicamente, todos tomaram a vacina contra sarampo e nunca tiveram problema. É um apelo que faço aos pais. Vamos trazer as crianças para vacinar ", disse o prefeito.
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O prefeito reafirmou a importância da vacina. "Vacinei contra tudo. Tomei as 4 doses da COVID e a dose contra gripe. A vacinação é fundamental."
A enfermeira Natália Vanderlei Matias Simões, de 37 anos, levou os dois filhos para vacinar. David, de 2 anos, recebe no Parque Municipal as doses contra o sarampo e a gripe. Cauã, de 9, será levado a um posto de saúde para receber a segunda dose da COVID.
Natália aproveitou o sábado para colocar as vacinas em dia e alerta as mães que ainda não levaram os filhos para imunizar por medo. "Tenho medo é de não trazer as crianças para vacinar. A vacina é muito necessária para evitar doenças graves."
Mobilização dos pais
A secretaria municipal de Saúde, Cláudia Navarro, afirmou que as campanhas de mobilização têm contribuído para aumentar a adesão dos pais à vacinação contra a COVID-19. "Temos que falar a importância da vacina e mostrar para os pais que uma dose para a COVID não é suficiente", afirmou. A secretária lembrou que a prefeitura intensificará a campanha para convocar os pais. "Entendemos que não são as crianças que não querem se vacinar. São os pais que não querem vacinar os filhos. Temos trabalhado muito para mostrar a importância da vacina para os pais", disse.
A secretaria destacou que, neste domingo, a campanha de mobilização segue. "Teremos quatro pontos onde vamos vincular a vacinação com o lazer", disse. Neste domingo, dia 1° de maio, serão vacinadas, exclusivamente, as crianças de 5 a 11 anos contra a COVID-19 nos espaços do BH é da Gente, nas regionais Centro-Sul, Pampulha, Oeste e Noroeste.
A campanha de vacinação contra a gripe tem o objetivo também de contribuir para a redução na ocorrência das doenças respiratórias nas crianças. "Um número muito grande de doenças respiratórias vai começar aparecer depois de maio e junho", ponderou a secretaria. Um pai questionou a secretaria sobre a desobrigação do uso de máscaras nas Unidades Municipais de Educação Infantil. "Eu como pai de uma criança que estuda na UMEI não me sinto seguro com meu filho, sendo que os professores e coordenadores não estão indo de máscaras. É uma atitude que não pensa nas crianças de 0 a 5 anos", disse o assessor de investimento Marcos Azevedo .
O pai lembrou que as UMEIs atendem crianças na faixa etária abaixo dos 5 anos, que não estão cobertas pela vacina da COVID-19. A secretária garantiu que não há qualquer impedimento para liberar o uso da máscara e que a decisão foi tomada com base em parâmetros epidemiológicos.
A coordenadora estadual do projeto de imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Joseanne Gusmão, apontou as razões da baixa adesão na vacinação das crianças contra o sarampo e a COVID-19. Ela lembrou que, no caso do sarampo, o que pode ter levado à baixa adesão é o fato de Minas não ter registrado casos da doença em 2020 e 2021. "Causa uma falsa impressão de que a doença não pode voltar. As pessoas não vacinam, porque acham que não vão adoecer, o que é errado", pondera.
Em relação à influenza, ela destacou a importância dessa campanha nacional. O imunizante previne os casos graves de gripe, reduzindo as hospitalizações e mortes. "A campanha de vacinação contra a influenza já acontece há 24 anos devido ao impacto que tem na saúde pública. É importante que as pessoas se vacinem", concluiu. Ela também defendeu a importância da vacinação contra a COVID.
Quarta dose para maiores de 60 anos
A secretaria afirmou que a partir de segunda-feira (2/5) Belo Horizonte deverá receber as vacinas contra a COVID-19 para aplicar no público na faixa etária acima dos 60 anos. Segundo ela, são necessárias 250 mil vacinas para cobrir o público de idosos. "A partir do momento que tivermos todas as doses não há qualquer impedimento para que a gente comece a vacinação imediatamente", garantiu.