Jornal Estado de Minas

TRANSPORTE PÚBLICO

'Vamos ter que aumentar a passagem ou dar subsídio', diz Fuad sobre ônibus

 


O prefeito Fuad Noman (PSD) afirmou que, na próxima segunda-feira (2/5), a oferta de ônibus volta ao normal no horário de pico em Belo Horizonte. "Ontem tivemos uma reunião com os sindicatos e eles prometeram que resolvem tudo a partir de hoje, e segunda-feira, voltam ao normal no horário de pico."



Em entrevista durante o Dia D de Vacinação, no Parque Municipal, neste sábado (29/4), o prefeito disse ainda que o sistema de transporte passa por dificuldade financeira desde 2018, o que traz um desequilíbrio financeiro. "De 2019 para cá, subiram os preços dos combustíveis e não teve nenhum tipo de aumento."

O prefeito lembrou que o Executivo enviou para a Câmara Municipal projeto de lei para encontrar uma forma de subsidiar o sistema até que se faça a revisão do contrato de licitação com as prestadoras de serviço.

Ele lembrou da decisão da Justiça que definiu o reajuste para passagem, mas disse que essa não é a vontade da prefeitura. "Não queremos dar aumento, mas passamos por um momento delicado, de definição: ou vamos ter que dar o aumento ou vamos ter que dar o subsídio." O prefeito acredita que até o fim da semana o impasse com as empresas de transporte deverá ser resolvido.





 

O prefeito afirmou que, na hipótese de as empresas não retomarem o quadro de oferta de ônibus, a prefeitura pode usar dos instrumentos legais do contrato para pressionar. "A gente não tem dúvidas de que vão melhorar o serviço. Foi uma promessa que fizeram. Eles estão em situação difícil. Nós entendemos isso. Mas a prefeitura vai usar os instrumentos que existem no contrato para pressionar,, para obrigá-los a cumprir", afirmou.

 

Fuad destacou que trata-se de uma relação contratual, portanto, as empresas não podem simplesmente decidir o que querem ou não fazer.  " A gente não está cumprindo uma parte, mas essa parte de passageiros, eles têm que cumprir. Vamos ser o mais duro possível se isso não acontecer",disse. O prefeito afirmou que o contrato prevê multa, intervenção, mas que a prefeitura prefere uma solução negociada. "Não queremos fazer nada disso.  Queremos que os ônibus voltem rapidamente", concluiu.