Após 41 dias de greve, os metroviários decidiram suspender temporariamente a paralisação e os serviços voltaram a funcionar normalmente na madrugada desta segunda-feira (2/05). O retorno das atividades foi anunciado no último sábado (30/4).
Conforme o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), apesar da categoria ter decretado o fim da paralisação, o movimento pode ser retomado.
Ainda de acordo com o Sindimetro-MG, a decisão foi tomada com o intuito de colaborar com os usuários de transporte público de Belo Horizonte.
"Decidimos suspender por enquanto o nosso movimento, mas um dos recados que queremos dar para a população é o seguinte: nós não concordamos com a chantagem dos empresários de ônibus que querem fazer a população sofrer'', disse Pablo Henrique Ramos, diretor de comunicação do sindicato, em comunicado.
FIM DA GREVE
%u2014 Estado de Minas (@em_com) April 30, 2022
Os metroviários anunciaram, na noite deste sábado, que decidiram suspender a greve da categoria em BH. O serviço deve ser normalizado nesta segunda-feira (2/5). pic.twitter.com/iWLuy80KEs
Durante a paralisação dos metroviários, as 19 estações do metrô de Belo Horizonte funcionavam apenas de 10h às 17h. O atendimento diário à população volta a funcionar das 5h15 às 23h.
Esta é a maior paralisação desde 2012, quando a categoria interrompeu as atividades por 39 dias, entre 14 de maio e 20 de junho.
Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Belo Horizonte (CBTU-BH), a estimativa é que cerca de 70 mil usuários estavam sendo prejudicados em dias úteis com a falta do transporte.
Entenda a greve dos metroviários de BH
A greve dos metroviários teve início no dia 21 de março. Os funcionários pedem a anulação das condições do item 3 da Resolução CPPI nº 206, com normas para a privatização do sistema de transporte.
Ele permite que a CBTU faça transferência dos funcionários para as empresas privadas que futuramente serão responsáveis pela administração do serviço. Com isso, a categoria exige a garantia do emprego dos 1,6 mil servidores concursados depois da privatização do metrô.
"Vamos continuar na luta. Se necessário for, vamos voltar em greve, mas, neste momento, queremos ser solidários com o povo trabalhador de Belo Horizonte", concluiu o diretor de comunicação do sindicato.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Jociane Morais