O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acionou a justiça e entrou com uma Ação Civil Pública (ACP) em defesa da Serra do Curral, em Belo Horizonte, na divisa com o município de Nova Lima. A instituição pede a imediata suspensão do licenciamento ambiental e ressalta ilegalidades no empreendimento minerário.
O documento, entregue nessa quinta-feira (5/5), solicita, ainda, que a mineradora seja proibida de realizar qualquer intervenção no local. Além de pedir o estabelecimento de multa diária no valor de R$ 1 milhão para o caso de descumprimento das eventuais decisões.
aprovação do pedido de licenciamento da mineradora Taquaril Mineradora S.A.(Tamisa), na madrugada do último sábado. Esta é a segunda ação ajuizada pelo MPMG em dez dias como tentativa de barrar a exploração e pede da justiça ações mais rígidas.
O patrimônio mineiro e cartão postal da capital está sob ameaça da mineração desde a “Dentre as ilegalidades citadas na ação há menção à fragmentação irregular do empreendimento para buscar modalidade licenciatória mais flexível; ausência de participação efetiva das comunidades; falta de estudos essenciais à segurança hídrica e ambiental, além da inexistência de estudos relacionados à Política Estadual de Segurança de Barragens”, pontua o MPMG.
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O plano da Tamisa inclui a exploração da região da Fazenda Ana da Cruz, na divisa entre Nova Lima e a capital. O terreno está próximo ao Pico Belo Horizonte, ponto mais alto da serra. O processo tem duas etapas: na primeira, espera-se extrair 31 milhões de toneladas de minério de ferro ao longo de 13 anos. Já a segunda fase consiste na lavra de 3 milhões de toneladas de itabirito friável rico, com dois anos de implantação e nove de operação.
A mineradora deve começar a se instalar na área que vai ser minerada ainda este ano. A informação foi confirmada pelo representante da empresa, Leandro Amorim, na audiência pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nessa quinta.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais