Movimentos contrários à instalação da Taquaril Mineração S.A (Tamisa) na Serra do Curral questionaram, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5/5), a falta de um plano da empresa para o risco hídrico da atividade.
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"Não existe obra de engenharia com risco zero, tanto que é necessário fazer um seguro do projeto. Se você vai explodir dinamites, promover um intenso tráfego de caminhões, instalar bacia de sedimentos, próximo a uma adutora, então, há sim riscos para o abastecimento da da cidade", argumenta Gomes.
A questão hídrica, segundo a arquiteta e urbanista Cláudia Pires, conselheira do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/Seção Minas Gerais), poderá ser um problema para a capital. "A mineração rebaixa o lençol freático. Na prática, isso compromete a segurança hídrica. Quando eu era criança, me lembro de pegar da torneira uma água barrenta, que vinha do córrego da mina Águas Claras", comenta.
O risco também é citado pela Prefeitura de Belo Horizonte em ação ajuizada para suspender a licença concedida à mineradora. "O empreendimento sujeitaria a referida adutora a riscos de recalques provocados por movimentações do solo em decorrência de detonações ou de rebaixamento de lençol freático", lê-se em trecho da ação, assinada por Caio Perona, chefe de uma das subprocuradorias-gerais do município.
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A PBH também ressalta que o rompimento da adutora implicaria em desabastecimento e rodízio prolongados em muitas regiões da capital.
O processo de exploração da Tamisa tem duas etapas: na primeira, espera-se extrair 31 milhões de toneladas de minério ao longo de 13 anos. Enquanto a segunda, consiste na lavra de 3 milhões de toneladas de itabirito friável rico, com dois anos de implantação e nove de operação.